Homem invade loja de Anápolis, abaixa as calças e defeca na frente de funcionárias

Funcionárias relataram que ao longo dos últimos meses vivem sob terror, com comércios do Jundiaí sendo furtados e arrombados

Davi Galvão Davi Galvão -
Homem foi gravado pelas funcionárias do local. (Foto: Reprodução)

Funcionárias da Pezinho e Cia, loja de calçados e acessórios infantis localizada no bairro Jundiaí, presenciaram uma cena bastante inusitada e, nas palavras delas, assustadora, nesta quinta-feira (18). Conforme registrado em vídeo, sem anúncio ou motivos aparentes, um homem em situação de rua foi até o local, abaixou as calças e defecou na frente de todos.

Aurea Cristine, gerente comercial da unidade há nove meses, contou, em entrevista ao Portal 6, que, felizmente só estavam ela e outra funcionária no momento, mas que, ainda assim, se sentiram bastante desprotegidas.

“Ele foi em uma parte do lado de fora, logo em uma janela que dá de frente para uma espécie de jardim, agachou, abaixou as calças e fez lá as necessidades. Nisso ele olhando para a gente, sem falar nada, nem se importar com a gente olhando”, relatou.

A loja registrou um boletim de ocorrência, mas a solução não parece ser tão simples.

“A gente fica com medo, a polícia demora, e ela mesmo fala que não tem muito o que fazer, que o Jundiaí todo tá assim. Mas e aí, e se uma hora alguém entrar e machucar a gente?”, lamentou Aurea.

Outros casos

Apesar do momento inusitado, Aurea contou que não foi a primeira vez em que a loja passou por situações do tipo, que têm se tornado recorrentes ao longo dos últimos meses, com ao menos um episódio atípico por semana.

Ela relatou que há cerca de um mês outro indivíduo passou em diversas lojas da Av. Santos Dumont, onde fica localizada a Pezinho e Cia, destruindo fachadas, vitrines e por pouco não conseguiu invadir a unidade.

“Aqui ele chegou, com uma tampa de bueiro, procurou um dos poucos pontos cegos onde a câmera não pega e o alarme não ia disparar e quebrou a vitrine. Só não entrou e roubou tudo porque chamaram a polícia”, disse.

Registro do homem com a tampa de bueiro. (Foto: Arquivo Pessoal)

Em outra ocasião, também nos últimos dois meses, o mesmo homem teria ido até a frente da loja e começado a bater a cabeça no vidro, gritando para que abrissem a porta.

“Não é só aqui, não é só uma vez, sei que a solução não é fácil, não é só a polícia vir e levar. Mas, enquanto isso, a gente pode fazer o que?”, desabafou Aurea.

Em tempo

Desde a retomada das obras do Centro Administrativo, diversas pessoas em situação de rua migraram para o bairro Jundiaí, o que, em sintonia com a falta de um planejamento específico para a região, contribuiu para a escalada de furtos, roubos e violência na região.

Nem mesmo o escritório da primeira dama passou ileso à problemática e chegou a ser invadido ainda este ano.

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