Especialista explica as causas da fumaça e névoa que encobrem Goiás: “fumantes passivos”
Situação comprometeu até as operações do Aeorporto de Goiânia, que teve voos cancelados

Moradores de Goiás amanheceram com uma cena incomum neste domingo (25): o céu tomado por uma espécie de ‘névoa densa em meio ao alaranjado do Sol.
A baixa visibilidade não se deu por conta de neblina, mas sim devido a uma grande nuvem de fumaça pairando por todo o estado, especialmente na Região Metropolitana de Goiânia.
Por meio de um informe, o Corpo de Bombeiros explicou que não há nenhum incêndio em vegetação de grande porte em andamento. Contudo, foram realizados diversos combates a focos de incêndio no sábado (24). Ao longo deste anhouve registro de 897 focos de queimadas em Goiás.
Ao Portal 6, o climatologista Eduardo Argolo, que explicou as principais causas dessas alterações no tempo goiano.
Segundo o especialista, dois principais fatores trabalharam em conjunto, resultando em consequências negativas para a região.
“As queimadas na região Sudeste do Brasil e, ao mesmo tempo, a chegada de uma frente fria do Sul do Brasil, ‘empurraram’ o ar poluído da atmosfera para nossa região”, apontou o professor.
Além disso, o profissional destacou que esse ar contém uma grande quantidade de material particulado, resultado da queima de milhares de quilômetros.
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“No contexto de hoje, seríamos, em uma comparação simples, como fumantes passivos”, exemplificou.
Agora, conforme apontou Argolo, a piora dessa condição depende da diminuição, ou não, das queimadas, pois “a frente fria tende a continuar forte durante a semana”, finalizou.