Especialista explica as causas da fumaça e névoa que encobrem Goiás: “fumantes passivos”

Situação comprometeu até as operações do Aeorporto de Goiânia, que teve voos cancelados

Thiago Alonso Thiago Alonso -
Vista panorâmica do Setor Sudoeste, em Goiânia, tomado por neblina. (Foto: Frederico Vitor)
Vista panorâmica do Setor Sudoeste, em Goiânia, tomado por neblina. (Foto: Frederico Vitor)

Moradores de Goiás amanheceram com uma cena incomum neste domingo (25): o céu tomado por uma espécie de ‘névoa densa em meio ao alaranjado do Sol.

A baixa visibilidade não se deu por conta de neblina, mas sim devido a uma grande nuvem de fumaça pairando por todo o estado, especialmente na Região Metropolitana de Goiânia.

Por meio de um informe, o Corpo de Bombeiros explicou que não há nenhum incêndio em vegetação de grande porte em andamento. Contudo, foram realizados diversos combates a focos de incêndio no sábado (24). Ao longo deste anhouve registro de 897 focos de queimadas em Goiás.

Ao Portal 6, o climatologista Eduardo Argolo, que explicou as principais causas dessas alterações no tempo goiano.

Segundo o especialista, dois principais fatores trabalharam em conjunto, resultando em consequências negativas para a região.

“As queimadas na região Sudeste do Brasil e, ao mesmo tempo, a chegada de uma frente fria do Sul do Brasil, ‘empurraram’ o ar poluído da atmosfera para nossa região”, apontou o professor.

Além disso, o profissional destacou que esse ar contém uma grande quantidade de material particulado, resultado da queima de milhares de quilômetros.

“No contexto de hoje, seríamos, em uma comparação simples, como fumantes passivos”, exemplificou.

Agora, conforme apontou Argolo, a piora dessa condição depende da diminuição, ou não, das queimadas, pois “a frente fria tende a continuar forte durante a semana”, finalizou.

 

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