Roberto Naves transfere administração do Hospital Alfredo Abrahão para a Funev
Decisão acontece em meio a incertezas jurídicas dentro do processo licitatório que substituiria a Associação Beneficente João Paulo II
O Hospital Municipal Alfredo Abrahão (HMAA) não é mais gerido pela Associação Beneficente João Paulo II. A nova Organização Social (OS) responsável é a Fundação Universitária Evangélica (Funev) – que também gere a UPA Pediátrica e diversas Unidades Básicas de Saúde (UBS) em Anápolis.
A informação foi confirmada pelo prefeito Roberto Naves (Republicanos), em coletiva de imprensa realizada na tarde desta terça-feira (03), no novo Centro Administrativo Adhemar Santillo.
Segundo o mandatário, a transferência tem efeito imediato. Ou seja, a OS anapolina já está à frente das atividades na unidade.
A mudança acontece em meio a um cenário de incertezas, já que, no último final de semana, foi confirmado o fim do processo de transição que a João Paulo II fazia com o Instituto de Gestão e Humanização (IGH), organização que se preparava para assumir o HMAA.
Ainda de acordo com Roberto, a judicialização do certame – dentre outros imbróglios contratuais e jurídicos – foi o que motivou a decisão de firmar um acordo com a Funev.
“O processo licitatório tinha sido questionado pelo Tribunal de Contas e também pelo Ministério Público. Então, fizemos isso para não termos um contrato que possa sofrer uma ação judicial e colocar em risco o funcionamento do hospital”, disse o chefe do Executivo Municipal.
“Funev é a Organização Social mais respeitada, com a melhor qualidade de trabalho, com um respeito ao dinheiro público e acima de qualquer suspeita. É isso que queremos e que precisamos”, emendou.
Por fim, ele destacou que a mudança não aconteceu antes justamente pela pendência dos processos licitatórios e o contrato vigente: “não tinha como fazermos nada até então”.
Futuro da unidade
O prefeito de Anápolis informou também que uma nova licitação já foi aberta e destacou que o objetivo é “transformar o perfil do HMAA, dando o que a população quer”.
A ideia é que o hospital passe a funcionar de portas abertas e que também seja referência nos atendimentos ortopédicos de baixa gravidade.