Do dia para a noite, pub Gospel de Anápolis se transforma em Deusa´s Lounge com direito a funk proibidão

Inaugurado pelo mesmo dono, local agora abriga público diferente do original

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Do dia para a noite, pub Gospel de Anápolis se transforma em Deusa´s Lounge com direito a funk proibidão
À esquerda mostra o pub kairos e a direita a nova boate. (Foto: Reprodução/ Redes sociais)

Nem mesmo a força das igrejas em Anápolis, considerada uma das cidades com maior percentual de evangélicos do Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi capaz de manter as portas do Kairos Pub Gospel abertas.

Instalado na Avenida Santos Dumont, no Bairro Jundiaí, o local foi inaugurado em 12 de outubro que, inclusive, já não casa bem com o público – já que é dia de Nossa Senhora da Aparecida, padroeira católica – e encerrou as atividades apenas três semanas depois, no dia 01º de novembro.   

Até aí, não há novidade. Considerado um país que não é para amador, o Brasil é conhecido por minguar empreendimentos em pouco tempo pelos mais diferentes motivos. O que torna esse caso diferente é a mudança de chave.

Inaugurado pelo mesmo dono, agora o ambiente crente virou a boate Deusa’s Lounge, abrigando um público com um perfil bem diferente do original. 

Agora, os funks no estilo proibidão e a venda de bebidas alcoólicas tomam conta do local, deixando para trás as típicas mensagens bíblicas, músicas gospel e drinks sem álcool. A noite de inauguração inclusive contou com atrações como o DJ Alysson Resende, conhecido pelos apreciadores de som automotivo em Goiás.

No perfil, o antigo pub gospel se limitou a dizer: “Informamos que infelizmente o Kairos Pub Gospel está encerrando seus trabalhos… Deus abençoe todos vocês”. O espaço com nova roupagem e pegada, funciona de quarta a domingo.

Ao Metrópoles, o proprietário afirmou que decidiu fechar o local devido a falta de rotatividade e por pensar mais no lado empreendedor.

“Sou cristão também, e a ideia foi minha, só que o pessoal cristão é mais conservador, e eu vi, como empreendedor, que não ia ter uma rotatividade maior para eu conseguir suprir os gastos lá. Foi só por causa disso que eu fechei. […]Só no momento que não deu para levar para a frente, mas futuramente a gente vai voltar com essa ideia, quando tivermos um orçamento mais aberto. Isso aí vai ser estouro ainda”, contou. 

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