Homem é condenado a pena máxima após não aceitar término e espancar a ex-companheira em salão de beleza

MP sustentou que relação foi se tornando cada vez mais tóxica, com o réu impedindo a jovem de até mesmo visitar a mãe

Davi Galvão Davi Galvão -
Homem é condenado a pena máxima após não aceitar término e espancar a ex-companheira em salão de beleza
Sede do Ministério Público do Estado de Goiás. (Foto: MP-GO/Divulgação)

Sérgio Henrique Serino Silva foi condenado a 14 anos, em regime fechado, após ele não aceitar o término com a companheira e tentar matá-la, a espancando enquanto ela estava em um salão de beleza, em Jataí.

O crime ocorreu em fevereiro deste ano, em meio ao término do relacionamento do casal, que conviveu em união estável por cerca de três anos e têm um filho em comum.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o acusado demonstrava comportamento controlador nos meses finais da relação, restringindo a liberdade da vítima e impondo regras como proibição de uso de certas roupas e nem mesmo a deixava visitar a mãe.

Na véspera do crime, a vítima decidiu romper a relação e passou a noite na casa de amigos. No dia seguinte, enquanto estava em um salão de belezas, o ex foi até o local para tirar satisfações.

Ele teria puxado a jovem pelos cabelos e a agredido até ela perder a consciência, acordando somente três dias após o fato, internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).

Testemunhas relataram a violência brutal do ataque. Segundo depoimentos, Sérgio jogou-a ao chão e desferiu diversos chutes na altura da cabeça. As lesões resultaram em traumatismo crânio-encefálico, com inchaço e hemorragia intracraniana.

Durante o julgamento, o promotor Lucas Otaviano da Silva reforçou as qualificadoras do crime, enfatizando o caráter premeditado e cruel das ações do réu. A tese foi acolhida pelo júri, que condenou Sérgio à pena máxima prevista para o caso.

O Tribunal do Júri acatou a denúncia, que incluía qualificadoras como motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e crime cometido por razões da condição de gênero, configurando feminicídio.

Davi Galvão

Davi Galvão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Atua como repórter no Portal 6, com base em Anápolis, mas atento aos principais acontecimentos do cotidiano em todo o estado de Goiás. Produz reportagens que informam, orientam e traduzem os fatos que impactam diretamente a vida da população.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos grupos do Portal 6 para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.

Publicidade