Gênio: quem era o médico legista de Anápolis que morreu em grave acidente
Muito querido, Alberto Dalmacio se destacava pela alegria, profissionalismo e inteligência além do comum


Alegre, dedicado ao trabalho e uma pessoa singular. Estes foram os principais adjetivos definidos por colegas de trabalho que conviveram com o médico anapolino Alberto Dalmacio Villalba de Faria, de 35 anos, falecido nesta terça-feira (11).
Filho único, Alberto, ou Betinho, como era conhecido pelos mais próximos, era uma pessoa que, desde jovem, sempre se dedicou aos estudos, sendo inclusive, destaque entre outros colegas.
Ao Portal 6, Toddyn França, colega da família e que trabalhou com a mãe do médico quando ainda eram jovens, relembrou o quão inteligente ele era.
“Uma mente brilhante. Ele era tipo o Sheldon [personagem da série The Big Bang Theory]. Mente culta e brilhante, um verdadeiro nerd”, disse a mulher, em entrevista à reportagem.
“Ele passou em medicina aos 15 anos, teve que entrar com ação na Justiça para cursar. O cara era um gênio”, contou.

Alberto Dalmacio Villalba de Faria era muito querido pelos amigos. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
Ao se formar em Medicina pela Universidade Evangélica de Goiás (UniEVANGÉLICA), Alberto começou a atuar em várias unidades de saúde de Anápolis, onde, em uma delas, conheceu a enfermeira obstetra Fernanda Campos.
À reportagem, a profissional relembrou o quão inteligente e ótimo profissional ele era, se destacando pela dedicação e alto conhecimento.
“Sempre muito alegre e prestativo. Ele era um gênio, com certeza a pessoa mais inteligente que já conheci”, pontuou.

Alberto Dalmacio Villalba de Faria tinha 35 anos. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
Segundo a ex-colega de trabalho, Alberto tinha uma habilidade especial em ajudar ao próximo, como confirmou Sandra Márcia, que também trabalhou com ele.
A profissional, que atuava na área de regulação, relembrou o desejo e afeto do anestesista para com os pacientes, sempre se prontificando em “fazer o bem”.
“Ele era uma pessoa muito alegre e muito dedicado”, disse. “Sempre que havia um caso de um paciente muito delicado [na regulação], ele estava pronto para atender”, completou.
Espontaneidade
Felicidade. Este aspecto não só marcou Sandra, como também outros colegas do médico anapolino, que relembraram como ele tinha um ‘dom’ de melhorar a energia do ambiente.
“Vamos sentir muita falta dele. Todos os colegas estão entristecidos com essa perda, ele era uma pessoa muito feliz”, lamentou.
Outro colega de Alberto, que preferiu não se identificar, relembrou: “Tinha uma espontaneidade ímpar. Ele era uma pessoa muito alegre, fazia você rir a todo momento”.

Alberto era muito querido pelos amigos. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
Em meio às piadas e o bom humor, o profissional ainda se dividia ao grande apreço pelo trabalho, sendo este um dos destaques dos amigos.
“Ele era jovem, muito alegre, mas trabalhava muito, dava plantões em Anápolis, Brasília, estava sempre rodando, gostava muito de trabalhar”, disse Elisa Avelar, médica que também o conheceu no trabalho.
Apesar disso, em meio às correrias do dia a dia, Alberto sempre tirava um tempo — ainda que curto — para se dedicar às paixões: videogames e o mundo automobilístico.
Era viciado em carros, até por isso tinha um veículo elétrico. No entanto, isto acabou sendo um problema para ele, quando, há poucos meses, sofreu um acidente de trânsito na BR-060 — mesma rodovia onde viria a falecer mais tarde.
“Ele praticamente só trabalhava, ficava indo de um plantão para outro, mas gostava muito de carro e acabou sofrendo um acidente voltando de um plantão”, relembrou Elisa.
Segundo ela, apesar disso, o ‘gênio’ da medicina se recuperou bem e continuou a vida corrida de sempre, se dedicando a cuidar de pessoas e tratar pacientes.
“Era um menino muito inteligente, fora do padrão da inteligência. Já salvou muitas vidas”, finalizou.