Homem que engravidou enteada em Águas Lindas de Goiás recebe condenação exemplar
Abusos começaram na infância e perduraram sob forte ameaça na adolescência


Um padrasto foi condenado a mais de 27 anos de prisão após engravidar a própria enteada, vítima de estupros ao longo de 14 anos, em Águas Lindas de Goiás, no entorno do Distrito Federal (DF).
Os abusos começaram a acontecer quando ela tinha apenas três anos. À época da denúncia, a vítima ainda era adolescente: tinha 17 anos.
Durante esse período, o réu usava da relação familiar para aplicar graves ameaças e cometer os atos sexuais, segundo divulgado nesta sexta-feira (23) pelo Ministério Público de Goiás (MPGO).
Além disso, utilizava de força física e agredia a enteada quando ela tentava contar o ocorrido para alguém, como detalhado pela adolescente em depoimento.
A denúncia, oferecida pelo MPGO, destacou que os efeitos da violência vão além da agressão sexual, por si só.
Também há consequências à saúde física, emocional e psicológica – que, causadas por traumas, se expressam em atitudes do cotidiano, como a evasão escolar.
“Trata-se de um ciclo contínuo de abusos, iniciados na infância e mantidos ao longo da adolescência da vítima, caracterizando um padrão sistemático de violência”, reforçou a denúncia.
O texto ainda continua: “a intensidade do dano causado à vítima é perceptível em sua fala, especialmente ao mencionar os traumas permanentes, a evasão escolar, os episódios de depressão e o medo constante, mesmo após a saída do lar”.
Além dos 27 anos, 6 meses e 22 dias de prisão, o padrasto ainda deve pagar um valor mínimo de R$ 10 mil a título de indenização.
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