Justiça bloqueia mais de R$ 150 mil da Prefeitura de Goiânia para custear tratamento de Thaís Medeiros
Decisão acontece mais de dois anos depois da jovem ter forte reação alérgica ao sentir o cheiro de uma pimenta


Mais de R$ 156 mil das verbas públicas da Prefeitura de Goiânia foram bloqueados para custear o Serviço de Atenção Domiciliar (home care) da jovem Thaís Medeiros, que teve forte reação alérgica após sentir o cheiro de pimenta, mais de dois anos atrás. A decisão é da Justiça Federal.
O bloqueio imediato foi emitido pelo juiz Jesus Crisóstomo de Almeida, da 2ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária de Goiás (SJGO). Considerando o direito à vida e à saúde, a verba deve garantir o atendimento e tratamento da jovem pelo período de seis meses.
A sentença é dada após o descumprimento de ordens judiciais anteriores, que prezavam pelo fornecimento do serviço. Também acontece depois de tentativas frustradas de conciliação, segundo o site especializado Rota Jurídica.
No processo, o Município de Goiânia havia alegado que o atendimento já acontecia. A versão apresentada era de que uma Equipe Multidisciplinar de Atenção Domiciliar (EMAD) foi até a casa da jovem, mas que essa proposta foi rejeitada pela mãe dela, Adriana Medeiros.
Ainda de acordo com o registro, a defesa argumentou que o atendimento oferecido era “deficitário e ineficaz”, de modo que não supriria as necessidades de Thaís. O que a mãe pedia era um atendimento integral.
O entendimento do juiz seguiu o que foi apresentado pela defesa, destacando que o que havia sido “prescrito por médico responsável” não poderia ser adiado, correndo o risco de agravamento do quadro clínico da jovem.
Relembre a história de Thaís Medeiros
Thaís precisou ser internada às pressas no Hospital Evangélico Goiano (HEG) após ter uma grave crise alérgica, em fevereiro de 2023.
Ela almoçava na casa do então namorado, em Anápolis, quando cheirou um pote de pimenta bode, sem saber que tinha alergia ao fruto.
Assim, a jovem passou alguns minutos sem respirar, o que causou um quadro severo de edema cerebral, com lesões irreversíveis.
Desde então, ela vem sendo cuidada pela mãe, Adriana Medeiros, que relatou, quando a situação completou um ano, que a maior dificuldade enfrentada era sentir a falta da filha.
A rotina da família, agora, é marcada por vários cuidados, conforme acompanham a esperança de ver a evolução da jovem.
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