Professor encontrado carbonizado em Anápolis foi queimado ainda vivo, confirma perícia
Apenas um dos suspeitos foi denunciado pelo Ministério Público. Versão apresentada por ele contradiz o que aponta a investigação

Um novo laudo emitido pela Polícia Científica aponta que o professor de dança encontrado carbonizado na rua Amazílio Lino, no Centro de Anápolis, em 24 de julho, foi queimado ainda vivo.
O documento foi emitido no final da noite desta terça-feira (23), mas foi divulgado pela corporação apenas nesta quarta-feira (24).
Daniel Santos, conhecido como Fuscão, estava desaparecido há 40 dias quando a família conseguiu a confirmação de que era ele a vítima, no dia 1º de setembro.
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Apesar do nível de carbonização dificultar os exames, o laudo pôde confirmar que o professor possuía fuligem no esôfago e nos pulmões. Isso demonstra que ele chegou a respirar a fumaça – ou seja, ainda estava vivo quando ela começou.
Por isso, a carbonização foi apontada como a causa da morte. Mesmo assim, essa não teria sido a única lesão provocada a Daniel.
De acordo com o documento pericial, a vítima foi imobilizada e sofreu golpes no abdômen, braços e pernas. Também foi enforcado com o uso de um fio de eletricidade.
Além disso, teve o corpo transportado em um carrinho de supermercado até a Amazílio Lino – o que foi flagrado por câmeras de segurança. Só então foi incendiado.
A confirmação contradiz o que havia sido contado pelo acusado de ter cometido o crime. Em depoimento, ele havia alegado que Daniel havia morrido por conta de uma facada no pescoço.
José Henrique Coimbra Marinho foi preso no dia 06 de agosto. Ele foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) e segue à disposição da Justiça.
O caso segue em trâmite na 3ª Vara Criminal da Comarca de Anápolis, que apura as divergências entre a denúncia e o laudo cadavérico e questiona a responsabilização dos envolvidos – segundo divulgou a Polícia Civil (PC).
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