Motorista que provocou mega acidente no Jardim América tem pedido de liberdade negado
Além do caso envolvendo colisões, ele também está sendo acusado de manter a companheira em cárcere privado

O motorista embriagado responsável por provocar um acidente envolvendo ao menos 6 veículos, que deixou uma pessoa morta e outras feridas na manhã de segunda-feira (27), no Jardim América, em Goiânia, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, além de ter o pedido de liberdade provisória negado. O homem também é suspeito de manter a companheira em cárcere privado.
A decisão foi tomada nesta terça-feira (28), durante uma audiência de custódia. Anteriormente, o suposto autor havia sido preso em flagrante no domingo (26), pela suposta prática dos crimes de cárcere privado no contexto de violência doméstica, homicídio, embriaguez ao volante e posse ilegal de substância entorpecente.
Depoimento
Conforme a sentença, a companheira dele relatou que estava com o namorado a caminho da cidade de Rio Quente, no dia 24, e que, ao chegar ao local, ele começou a fazer uso de drogas, o que a fez querer retornar para casa.
De acordo com a vítima, ele ainda a agrediu fisicamente com chutes, empurrões, tentativas de enforcamento, tapas no rosto e puxões de cabelo, além de proferir xingamentos e ameaças.
Ao tentar entrar em contato com a polícia, o suspeito pegou o celular da mulher e o arremessou contra o chão.
Ao decidir retornar a Goiânia, ele passou a dirigir de forma imprudente, realizando manobras de alto risco. Em determinado momento, parou em uma distribuidora de bebidas — ocasião em que a vítima tentou escapar, mas não conseguiu.
Como forma de vingança, o homem entrou no carro e passou a trafegar em alta velocidade, de maneira perigosa, quando acabou atingindo um motociclista.
Mesmo assim, continuou dirigindo e bateu em diversos veículos que estavam parados no semáforo. A mulher ainda afirmou que ele desceu do carro rindo após a colisão.
Defesa
Questionado, o homem negou os crimes relatados pela companheira e a acusou de ser uma garota de programa, alegando que nunca a manteve em cárcere privado e que toda a situação ocorreu porque ele não queria retornar da viagem antes do término do programa, como ela desejava.
No depoimento, ele admitiu ter usado maconha e confirmou que havia uma substância entorpecente no carro, mas disse que não a utilizou. Sobre o acidente, afirmou que teria sido fechado por uma motocicleta antes do semáforo, o que o fez realizar uma manobra brusca que resultou na colisão com os veículos parados.
Ele ainda acrescentou que não chegou a ver uma das vítimas — que faleceu a caminho do hospital — e que permaneceu sentado em uma calçada aguardando a chegada da Polícia Militar (PM).
Prisão preventiva
Na decisão, a juíza Jordana Brandão Alvarenga Pinheiro entendeu que o suspeito reconheceu ser o responsável pelo acidente que resultou na morte de uma pessoa, além de ter declarado que fez uso de entorpecentes antes da colisão. A juíza também destacou que a gravidade do acidente indica que ele trafegava em alta velocidade.
A juíza ressaltou que a liberdade, nesta fase, poderia viabilizar novos delitos, uma vez que os antecedentes do suspeito indicam a existência de outras passagens pela polícia, reforçando a tese de que ele é uma pessoa agressiva e reincidente em práticas criminosas.
Diante disso, além da prisão preventiva, foram determinadas medidas protetivas contra o acusado, com validade de 180 dias, que o proíbem de se aproximar da mulher e dos familiares dela, devendo manter distância mínima de 300 metros.
O homem também não poderá manter contato com a vítima ou com seus familiares por qualquer meio de comunicação ou redes sociais, nem frequentar os mesmos locais que ela, incluindo as imediações da residência e do local de trabalho da mulher.
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