Entenda por que Hugo e Hugol não estão recebendo encaminhamentos do Samu e dos Bombeiros

Hospitais da rede estadual seguem estratégia rotativa e, por isso, deixam temporariamente de atender novos casos enviados pelas equipes de socorro

Paulo Roberto Belém Paulo Roberto Belém -
Entenda por que Hugo e Hugol não estão recebendo encaminhamentos do Samu e dos Bombeiros
Hugo e Hugol são unades de urgência e emergência referência da rede estadual de Saúde. (Foto: Reprodução)

Diante das dificuldades registradas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Goiânia, socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros buscaram alternativas para garantir atendimento a pacientes. No entanto, os hospitais estaduais de urgência também não puderam receber novos encaminhamentos neste sábado (06).

O Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) e o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) integram uma estratégia adotada pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), o que explica por que socorristas não puderam recorrer a essas unidades ao longo do dia.

Segundo a pasta, os hospitais participam da chamada Semana Protegida, um modelo rotativo que preserva uma unidade por semana para se concentrar em cirurgias eletivas, demandas reprimidas e reorganização interna. Durante esse período, o hospital designado deixa temporariamente de receber encaminhamentos do Samu e do Corpo de Bombeiros, embora mantenha atendimentos de especialidades específicas.

A SES-GO reforça que o objetivo da estratégia não é lidar com superlotação, mas fortalecer a rede hospitalar por meio de melhor gestão dos leitos, otimização da regulação e aumento da fluidez assistencial.

Mesmo sem receber novos encaminhamentos, os hospitais não interromperam totalmente seus atendimentos. O Hugo segue com assistência em Otorrinolaringologia, Neurologia para AVC e cirurgia torácica. Já o Hugol continua responsável por atendimentos de queimaduras, cirurgias urológicas por cálculos ureterais, hemodinâmica cardiológica para Infarto Agudo do Miocárdio, procedimentos endovasculares, neurointervencionismo, neurocirurgia pediátrica e cardiologia cirúrgica.

A secretaria explica ainda que a estratégia envolve quatro unidades: o Hugo, o Hugol, o Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (Heana) e o Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Heapa). Uma delas é preservada a cada semana, enquanto as demais seguem recebendo pacientes encaminhados pela regulação estadual.

A SES-GO afirma que reuniões diárias entre as equipes dos hospitais, a regulação e a própria secretaria permitem monitorar o cenário, ajustar fluxos e garantir que nenhum paciente fique desassistido. Nas últimas quatro semanas, as unidades que integram a estratégia realizaram 2.863 cirurgias de emergência, 550 cirurgias eletivas e registraram 4.368 altas.

Leia a íntegra da nota da SES:

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) esclarece que não há “rodízio por superlotação”, mas sim a Semana Protegida, uma estratégia técnica de gestão hospitalar que tem apresentado resultados positivos para a rede estadual.

A estratégia envolve quatro unidades (Hugo, Hugol, Heana e Heapa) e funciona de forma rotativa: uma unidade por semana é preservada para concentrar-se em cirurgias eletivas, demandas reprimidas e reorganização interna, deixando temporariamente de receber novos encaminhamentos do Samu e Corpo de Bombeiros.

Importante destacar que os hospitais mantêm assistência integral às especialidades que não são comuns entre si. O Hugo, por exemplo, continua com atendimentos com Otorrino, Neurologia – AVC e cirurgia torácica. Enquanto no Hugol, mantêm atendimentos assistência aos casos de queimaduras e de cirurgias urológicas (cálculos ureterais); hemodinâmica cardiológica (Infarto Agudo do Miocárdio), endovascular, Neuro intervencionismo; Neurocirurgia pediátrica; Cardiologia Cirúrgica.

As unidades concentram-se em realização de cirurgias de urgência definitiva, na mesma internação e recebem pacientes encaminhados pela regulação estadual.

Além disso, estão sendo realizadas reuniões diárias entre a Regulação Estadual, a SES-GO e as quatro unidades hospitalares, com o objetivo de avaliar continuamente o cenário assistencial, otimizar fluxos, garantir cooperação entre as equipes e não deixar nenhum paciente desassistido.

Os dados referentes às últimas 4 semanas, registram que foram realizadas  2.863 cirurgias de emergência, 550 cirurgias eletivas e 4.368 altas, nas quatro unidades hospitalares que fazem parte da estratégia.

A Semana Protegida visa fortalecer a rede hospitalar através da otimização da regulação, gestão eficiente de leitos e melhoria da fluidez assistencial, garantindo atendimento mais seguro e humanizado para todos os usuários. O atendimento de urgência e emergência está mantido normalmente na rede estadual.

Comunicação Setorial – SES-GO

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Paulo Roberto Belém

Paulo Roberto Belém

Jornalista profissional, com passagem por veículos radiofônicos e impressos. Também possui experiência em assessoria de comunicação. Atualmente, dedica-se à cobertura do cotidiano de Goiás, sempre buscando aprofundar os temas com responsabilidade, sensibilidade e apuração rigorosa.

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