Entenda por que Hugo e Hugol não estão recebendo encaminhamentos do Samu e dos Bombeiros
Hospitais da rede estadual seguem estratégia rotativa e, por isso, deixam temporariamente de atender novos casos enviados pelas equipes de socorro

Diante das dificuldades registradas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Goiânia, socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros buscaram alternativas para garantir atendimento a pacientes. No entanto, os hospitais estaduais de urgência também não puderam receber novos encaminhamentos neste sábado (06).
O Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) e o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) integram uma estratégia adotada pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), o que explica por que socorristas não puderam recorrer a essas unidades ao longo do dia.
Segundo a pasta, os hospitais participam da chamada Semana Protegida, um modelo rotativo que preserva uma unidade por semana para se concentrar em cirurgias eletivas, demandas reprimidas e reorganização interna. Durante esse período, o hospital designado deixa temporariamente de receber encaminhamentos do Samu e do Corpo de Bombeiros, embora mantenha atendimentos de especialidades específicas.
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A SES-GO reforça que o objetivo da estratégia não é lidar com superlotação, mas fortalecer a rede hospitalar por meio de melhor gestão dos leitos, otimização da regulação e aumento da fluidez assistencial.
Mesmo sem receber novos encaminhamentos, os hospitais não interromperam totalmente seus atendimentos. O Hugo segue com assistência em Otorrinolaringologia, Neurologia para AVC e cirurgia torácica. Já o Hugol continua responsável por atendimentos de queimaduras, cirurgias urológicas por cálculos ureterais, hemodinâmica cardiológica para Infarto Agudo do Miocárdio, procedimentos endovasculares, neurointervencionismo, neurocirurgia pediátrica e cardiologia cirúrgica.
A secretaria explica ainda que a estratégia envolve quatro unidades: o Hugo, o Hugol, o Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (Heana) e o Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Heapa). Uma delas é preservada a cada semana, enquanto as demais seguem recebendo pacientes encaminhados pela regulação estadual.
A SES-GO afirma que reuniões diárias entre as equipes dos hospitais, a regulação e a própria secretaria permitem monitorar o cenário, ajustar fluxos e garantir que nenhum paciente fique desassistido. Nas últimas quatro semanas, as unidades que integram a estratégia realizaram 2.863 cirurgias de emergência, 550 cirurgias eletivas e registraram 4.368 altas.
Leia a íntegra da nota da SES:
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) esclarece que não há “rodízio por superlotação”, mas sim a Semana Protegida, uma estratégia técnica de gestão hospitalar que tem apresentado resultados positivos para a rede estadual.
A estratégia envolve quatro unidades (Hugo, Hugol, Heana e Heapa) e funciona de forma rotativa: uma unidade por semana é preservada para concentrar-se em cirurgias eletivas, demandas reprimidas e reorganização interna, deixando temporariamente de receber novos encaminhamentos do Samu e Corpo de Bombeiros.
Importante destacar que os hospitais mantêm assistência integral às especialidades que não são comuns entre si. O Hugo, por exemplo, continua com atendimentos com Otorrino, Neurologia – AVC e cirurgia torácica. Enquanto no Hugol, mantêm atendimentos assistência aos casos de queimaduras e de cirurgias urológicas (cálculos ureterais); hemodinâmica cardiológica (Infarto Agudo do Miocárdio), endovascular, Neuro intervencionismo; Neurocirurgia pediátrica; Cardiologia Cirúrgica.
As unidades concentram-se em realização de cirurgias de urgência definitiva, na mesma internação e recebem pacientes encaminhados pela regulação estadual.
Além disso, estão sendo realizadas reuniões diárias entre a Regulação Estadual, a SES-GO e as quatro unidades hospitalares, com o objetivo de avaliar continuamente o cenário assistencial, otimizar fluxos, garantir cooperação entre as equipes e não deixar nenhum paciente desassistido.
Os dados referentes às últimas 4 semanas, registram que foram realizadas 2.863 cirurgias de emergência, 550 cirurgias eletivas e 4.368 altas, nas quatro unidades hospitalares que fazem parte da estratégia.
A Semana Protegida visa fortalecer a rede hospitalar através da otimização da regulação, gestão eficiente de leitos e melhoria da fluidez assistencial, garantindo atendimento mais seguro e humanizado para todos os usuários. O atendimento de urgência e emergência está mantido normalmente na rede estadual.
Comunicação Setorial – SES-GO
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