Empresário de Goiás que matou companheira e fingiu que ela tinha desaparecido é condenado a 17 anos de prisão
Paulo Antônio Bianchini chegou a registrar o paradeiro da jovem, mas apresentou depoimento com várias divergências

O empresário Paulo Antônio Eruelinton Bianchini foi condenado a 17 anos de prisão pela morte de Dayara Talissa Fernandes da Cruz. Ele foi julgado nesta quinta-feira (11) pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.
O crime aconteceu no início de 2024, em Orizona, na região Sul de Goiás. Segundo a investigação, Dayara, que tinha 21 anos, desapareceu no dia 10 de março.
No dia 25 do mesmo mês, Paulo Antônio registrou o paradeiro da companheira. A ossada dela foi encontrada apenas no dia 06 de julho, enterrada em uma fazenda da cidade.
O juiz Georges Leonardis, que reconheceu os crimes e proferiu a sentença, determinou que a prisão seja imediata – o réu não poderá recorrer da decisão em liberdade.
Paulo Antônio se tornou suspeito no dia em que registrou o desaparecimento de Dayara. Isso porque, segundo o delegado Kennet Carvalho, foram constatadas contradições no depoimento dele.
As diferentes versões não ficaram restritas à delegacia: o que foi contado à família também teria passado por mudanças. De acordo com a irmã, o empresário disse, inicialmente, que havia deixado a jovem em uma rodoviária, alegando depois que ela havia desaparecido.
Ainda nas palavras da familiar, Dayara vivia um relacionamento conturbado e estava constantemente com hematomas pelo corpo. O casal teria chegado a terminar, mas reatou dentro de poucos meses.
Em 1º de julho de 2024, Paulo Antônio se entregou à polícia. Apenas cinco dias depois, as autoridades localizaram a ossada da vítima enterrada a aproximadamente cinco metros de profundidade. O laudo pericial confirmou que os restos mortais pertenciam à jovem.
Em caso de agressão, denuncie
Mulheres que estejam sofrendo violência doméstica podem procurar a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), bem como solicitar medidas protetivas de urgência.
Diante de casos em que é necessário socorro imediato, é possível acionar a PM pelo 190 ou a Patrulha Maria da Penha, pelo (62) 99939-9581.
O Centro de Referência da Mulher Cora Coralina, na rua 74, esquina com a rua 59, no Centro de Goiânia, também fica disponível para atender mulheres em situação de violência. O local oferece assistência social, atendimento psicológico e jurídico.
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