Financiamento milionário chega dos EUA para mineradora em Goiás explorar terras raras

Crédito é destinado ao Projeto Carina, que atualmente está em fase de licenciamento ambiental

Paulo Roberto Belém Paulo Roberto Belém -
Financiamento milionário chega dos EUA para mineradora em Goiás explorar terras raras
Recursos custearão o Projeto Carina da Aclara. (Foto: Reprodução)

Uma mineradora de Nova Roma – Nordeste goiano – recebeu um financiamento milionário para a exploração de terras raras na região.

O crédito de US$ 5 milhões, equivalentes a R$ 27,5 milhões, veio da International Development Finance Corporation (DFC), uma agência de desenvolvimento do governo dos Estados Unidos.

De acordo com informações de O Popular, o dinheiro será usado para a conclusão do estudo de viabilidade do Projeto Carina, uma pesquisa que inclui análises técnicas, econômicas, ambientais e de engenharia necessárias para a próxima fase do empreendimento.

Portanto, o apoio financeiro não impõe qualquer obrigação de direcionar a produção futura para os Estados Unidos, nem estabelece compromissos de venda com compradores americanos, informou o veículo, citando que o acordo foi fechado em 02 de setembro passado.

O vice-presidente executivo da Aclara, José Augusto Palma, disse ao jornal que o Projeto Carina está atualmente em processo de licenciamento ambiental e a previsão é que a fase de construção comece em 2026.

“A estratégia da companhia prevê a verticalização da cadeia de ímãs permanentes de terras raras pesadas, por meio de parceria com a empresa alemã Vacuumschmelze (VAC), entre outras”, explicou Palma.

De acordo com a mineradora, embora eventuais etapas possam ocorrer fora do país por critérios comerciais e técnicos, o Brasil continua sendo o foco central do projeto, concentrando a maior parte dos investimentos e da geração de empregos, citou o veículo.

Mais US$ 465 milhões

Outro aporte milionário, falando em dólares, e bilionário, falando em reais, está no radar para chegar a outra mineradora goiana.

Isso porque, novamente, os Estados Unidos aprovaram um financiamento de até US$ 465 milhões para a Serra Verde Pesquisa e Mineração (SVPM), localizada em Minaçu, no Norte de Goiás.

A mineradora é a única fora da Ásia a produzir, em escala comercial, os quatro principais elementos magnéticos de terras raras, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME).

A empresa extrai um concentrado com alta proporção de disprósio (Dy) e térbio (Tb), além de neodímio (Nd) e praseodímio (Pr), minerais essenciais para a fabricação de ímãs permanentes usados em veículos elétricos, turbinas eólicas e outras tecnologias avançadas.

Os recursos financeiros serão aplicados em melhorias na mina Pela Ema, cuja vida útil é estimada em 25 anos. O montante também será utilizado para cobrir despesas operacionais, refinanciar dívidas e arcar com custos de transação no Brasil.

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Paulo Roberto Belém

Paulo Roberto Belém

Jornalista profissional, com passagem por veículos radiofônicos e impressos. Também possui experiência em assessoria de comunicação. Atualmente, dedica-se à cobertura do cotidiano de Goiás, sempre buscando aprofundar os temas com responsabilidade, sensibilidade e apuração rigorosa.

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