Roberto promete anunciar até o final do dia se acompanhará decisão de Caiado
'80% dos leitos de UTI do estado já estão ocupados com Covid-19. Nossa situação em Anápolis é um pouco diferente', ponderou o prefeito
Prefeito de Anápolis, Roberto Naves (PP) usou as redes sociais para comentar videoconferência realizada pelo governador Ronaldo Caiado (DEM), na manhã desta segunda-feira (29), em que foi anunciado que Goiás adotará quarentena alternada de 14 dias, até setembro.
A medida começa a valer amanhã (30) e depende do acompanhamento das prefeituras do estado, uma vez que o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que a gestão da crise sanitária gerada pela pandemia do novo coronavírus é de competência dos municípios.
No vídeo, Roberto informou que ao longo do dia vai se reunir com profissionais da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), representantes da sociedade organizada e técnicos da Universidade Federal de Goiás (UFG).
“Foi feita uma radiografia, que foi constatada que cerca de 80% dos leitos de UTI do estado já estão ocupados [por pacientes] com Covid-19. A nossa situação no município de Anápolis é um pouco diferente. Nós temos uma taxa de ocupação de 33%”, ponderou.
Interlocutores do entorno de Roberto sustentam que o aumento de casos na cidade, embora não sejam tão elevados quanto em outros municípios de Goiás, tem preocupado o prefeito.
O chefe do Executivo local, como antecipado pelo Portal 6, prefere proibir práticas que a população tem encarado como abusos e apostar na fiscalização e punição. Seriam elas:
– estipular horário de funcionamento e revezamento do comércio no Centro da cidade;
– multar com aplicação no IPTU quem promover festas clandestinas ou em casa;
– fechar parques, praças e calçadões para corridas, caminhadas e demais atividades físicas;
– punir restaurantes e bares que não estão respeitando os protocolos.
Matriz de risco
Dentro da Semusa é visto que a Prefeitura de Anápolis já tem a matriz de risco para nortear os momentos de abertura e isolamento. Ela depende exatamente do percentual de ocupação dos leitos de UTI que o município reservou exclusivamente para moradores da cidade.
Lançado no final de abril, o documento existe para passar mais previsibilidade aos setores econômicos e a população de modo geral.