“Me senti humilhado, foi a pior experiência que já vivi na profissão”, diz motorista de app cuspido por dona de cafeteria, em Goiânia

Condutor disse ainda que planeja prestar depoimento na segunda-feira (21)

Samuel Leão Samuel Leão -
“Me senti humilhado, foi a pior experiência que já vivi na profissão”, diz motorista de app cuspido por dona de cafeteria, em Goiânia
(Foto: Montagem/Reprodução)

Após vivenciar momentos traumáticos, ao atender uma passageira que o xingou e cuspiu por não querer aceitar o pagamento posterior à corrida, neste sábado (19), o motorista Luiz Oliveira, de 48 anos, relatou estar se sentindo humilhado e planejar ir à polícia.

Ao Portal 6, o condutor contou como a situação se desenrolou e revelou ter sido esta a pior experiência que já viveu na profissão. Em outros casos, ele disse que já havia apenas sido xingado.

“Eu peguei esta passageira juntamente com uma senhora, que penso ser a mãe dela, e ela optou a pagar na próxima viagem. Eu não aceitei pois poderia me prejudicar, então decidi finalizar a corrida e ela não gostou e me cuspiu”, revelou.

Ele explicou que ficou assustado com a atitude e, por reflexo, cuspiu de volta também.

“Me senti muito humilhado. Ela bateu a porta do meu carro várias vezes então desci do carro, para ela parar de bater, ela parou e continuou a me xingar. Fui embora para evitar mais atritos. Amanhã irei dar depoimento à Polícia”, desabafou.

A cena chamou a atenção de internautas e muitos apontaram que, caso a cena não fosse gravada, ele provavelmente teria sido apontado como o culpado da situação ou tudo ficaria por isso mesmo.

“Meu carro é preparado com câmeras de segurança justamente para evitar que situações assim aconteçam”, finalizou.

Leia nota na íntegra encaminhada pela advogada da empresária:

Com relação ao vídeo que circula na rede social Tik Tok, gostaríamos de esclarecer que diferente do que está na legenda do texto, não houve calote. O que aconteceu, que ao entrar no carro de aplicativo informei que tinha comigo uma nota de 50 reais e que não possuía saldo para pix, mas que estava disposta a pagar a mais, conforme se escuta no início do vídeo.

Entendemos que ouve uma falta de transparência entre a plataforma UBER, o motorista e a cliente, pois ao cliente apareceu a opção pagamento por dinheiro e na ausência de troco a opção de pagamento posterior, mas o motorista, entretanto, além de dizer que não trabalhava dessa forma, puxou o freio de mão de forma brusca e mandou que as passageiras descessem.

Entendo tive uma reação exagerada ao cuspir no motorista, sobre essa atitude isso me arrependo profundamente. Os xingamentos e cuspes foram recíprocos, mas que ao descer do veículo, o motorista foi para cima das passageiras em tom ameaçador, ao que se pode escutar os gritos ao fundo do vídeo.

Ressaltamos que a conduta dos envolvidos está permeada de excessos, mas que o motorista de aplicativo ao divulgar um vídeo, onde preserva sua imagem com o logo da rede social e expõe as passageiras, exagerou novamente em suas razões, pois expos uma terceira pessoa, a segunda passageira, que nada tinha a ver com a discursão e está tendo sua imagem viralizada.

Seres humanos estão passiveis de errar, mas jamais um erro pode ser justificativo para o cometimento de outro maior. Houve uma violação de imagem, uma vez que não é permitido a divulgação de gravações sem consentimento dos demais envolvidos e sua publicação em redes sociais causam prejuízos instantâneos. Por fim, gostaria de pedir desculpas publicamente pelo acontecido, mas ressalvando que não foi um erro unilateral.

 

Samuel Leão

Samuel Leão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás, com passagens por veículos como Tribuna do Planalto e Diário do Estado. É mestrando em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado pela Universidade Estadual de Goiás. Passou pela coluna Rápidas. Atualmente, é repórter especial do Portal 6.

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