6 figurinhas carimbadas que representam nova tendência nas noites de Anápolis
Portal 6 entrevistou vários anapolinos que conseguiram mudar de vida com os próprios negócios
Entre as milhares de opções profissionais, uma tendência cresce na noite anapolina. Tratam-se dos vendedores ambulantes que, ao invés de se “enraizarem” em um cantinho, circulam pela cidade e vão aonde o povo está.
O Portal 6 preparou uma seleção, com seis nomes, que representam exemplos diversos desse tipo de atuação. Todos se assemelham por seguirem o mesmo modelo, ao priorizar os lugares mais badalados de alguns dos principais bairros e setores da “Manchester goiana”, como o Jundiaí, Centro e também a Vila Jaiara.
- Tio Nilsin
Anilson Aparecido, de 41 anos, é mais conhecido como “Tio Nilsin”, que também foi o nome escolhido para a própria marca. Sempre com um sorriso no rosto, trabalha com chocolate na cidade desde 2014 – comercializando um produto artesanal.
“Tiramos a fórmula de uma receita chamada rocambole de leite ninho. Nosso carro-chefe é o de prestígio. Com o tempo criamos outros sabores, que caíram no gosto do povo, e também temos a linha premium, com chocolate nobre”, revelou.
Ele explicou que trabalha mais no setor Central, no Santo André, no Setor Sul e, principalmente, no bairro Jundiaí. Acompanhado do filho, ele não só vende diretamente aos clientes, como também já conta com 10 estabelecimentos da cidade que revendem os chocolates.
2. Bia Brigadeiros
Nova na área, Beatriz Alves, de 32 anos, é proprietária da Bia Brigadeiros – empresa que já atua no segmento há um ano. Segundo ela, o melhor lugar é o Jundiaí, onde se encontram muitos estabelecimentos badalados, mas ela reforça que também atende o Centro.
“Trabalho com brigadeiros, que são vendidos especificamente nas ruas, há um ano. Eu mesmo que faço tudo, desde as compras, feitura e vendas, sou responsável por tudo. Sempre falo que vale muito a pena empreender”, contou.
3. Gabriel Fernandes
O jovem Gabriel Fernandes, de 24 anos, trabalha como autônomo vendendo queijos e doces artesanais na rua, e afirma amar o que faz. Segundo ele, é uma experiência incrível e surpreendente, visto que o cliente, muitas vezes, não espera a chegada do vendedor, e que conseguir converter essa surpresa em venda é incrível.
“Eu nunca sei onde, para quem e nem quanto vou vender, passo onde tem gente e resolvo. Seja na Jaiara, no Jundiaí, em escolas, bares, restaurantes, onde for”, disse.
4. Daniel Oliveira
Famoso pelas balas de coco, Daniel Oliveira, de 26 anos, começou na pandemia e agora vende cada vez mais. Dispõe das variedades tradicionais da bala de coco, e também da opção com leite ninho.
“Valorizo o calor humano, os lugares movimentados. Muita gente até compara meu doce com produtos de docerias famosas, gosto quando elogiam. Tudo começou com dificuldades financeiras e agora minhas vendes crescem cada vez mais, é muito gratificante”, relatou.
5. Tio da Balinha
Gilson da Costa, 41 anos, é vendedor ambulante na noite de Anápolis, e trabalha com balinhas, chicletes e cigarros. Dentre os locais mais frequentados, ele cita o Jundiaí, mas também pontua que comparece a shows.
“Trabalho há 23 anos, e sofri um acidente em 2010, que me impossibilitou de continuar trabalhando como segurança. Na ocasião, acabei perdendo os movimentos do braço direito. Apesar disso, sigo firme nas vendas”, contou.
Com um boné personalizado, Gilson faz alegria dos pequenos e também dos adultos, com produtos que atendem todos os públicos.
6. Elias Carvalho
O vendedor Elias Carvalho, de 31 anos, trabalha com trufas de chocolate gourmet, recheadas com frutas. Ele contou que são produzidas por uma empresa tradicional, a Adriana bombons, e que fazem sucesso entre a clientela.
“Vendo em barzinhos e estabelecimentos noturnos. Não trabalho com isso por falta de oportunidades, eu gosto da área mesmo, amo vendas e sonho em um dia ser empresário”, finalizou.
Assim, através da atitude de trabalhadores que não esperam a oportunidade surgir, mas que a agarram e buscam, consolidam-se empreendedores e cresce um novo mercado, caracterizado pela movimentação e pela atuação noturna em Anápolis.