Pai que matou as próprias filhas e incendiou corpos dentro de carro é condenado a 64 anos de prisão
Ramon de Souza Pereira cometeu crime para se vingar da esposa, após supostamente flagrar traição
Pouco mais de um ano após chocar Goiás, Ramon de Souza Pereira foi condenado a 64 anos e 10 meses de prisão após matar as duas filhas, Mirielly Gomes Souza, de 08 anos, e Cecília Gomes Souza, de 04 anos e incendiar um carro com o corpo delas dentro, para tentar esconder o crime.
O caso ocorreu no dia 22 de maio de 2023 e teve como motivação o fato dele ter supostamente flagrado um caso de traição da mãe das crianças.
Dessa forma, ele teria buscado as crianças na escola, e as levado para a rodovia GO-462, altura de Santo Antônio de Goiás, região Metropolitana de Goiânia.
Lá, Ramon teria matado as filhas dentro do veículo e incendiado o automóvel. Na sequência, ele ainda teria tentado ceifar a própria vida.
À época, o delegado responsável pela investigação do caso, Marcos Cardoso, afirmou que ele foi encontrado pelos agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) bastante debilitado e precisou passar por cirurgia.
Conforme a decisão assinada pelo juiz Demétrio Mendes Ornelas Júnior, o homem foi condenado por homicídio qualificado com quatro qualificadoras: motivo torpe de vingança; por utilizar recurso que dificultou a defesa das vítimas; contra a mulher em contexto de violência doméstica; e contra menores de 14 anos.
Além disso, ele também responde por lesão corporal leve, praticada contra a mãe das crianças.
A advogada Larisse Pimentel, que representa a defesa de Ramon, emitiu a seguinte nota sobre o caso:
Desde o início das investigações o direito de defesa foi exercido de forma ampla e irrestrita, com todo o sistema de justiça colaborando para o deslinde do feito em tempo hábil. A defesa conseguiu demonstrar aos jurados que a qualificadora relacionada ao uso de fogo deveria ser afastada e conseguiu êxito. A defesa entende que o devido processo legal foi seguido a risca e que a justiça foi feita, informa ainda que irá recorrer para questionar a dosimetria da pena.