PRF e MPGO: mega operação cumpre mandados de prisão em Goiânia, Anápolis e mais 10 municípios
Dentre os produtos comercializados, o principal eram as anfetaminas, também conhecidas popularmente como "rebite"
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Goiás (GAECO/MPGO) deflagrou uma operação, que se passa simultaneamente em quatro estados, com o intuito de desarticular uma organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. No total, serão cumpridos 88 mandados de prisão e de busca e apreensão.
A Força-Tarefa foi batizada de Ephedra, em referência a uma família de plantas tradicionalmente chinesa, que possui os compostos efedrina, pseudoefedrina, norpseudoefedrina e outros alcaloides. Com a participação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), as ações ocorreram na manhã desta terça-feira (10).
No total, foram 24 mandados de prisão preventiva, 04 mandados de prisão temporária e 60 mandados de busca e apreensão, distribuídos em Goiás, no Tocantins, na Bahia e em São Paulo. Dentre os produtos comercializados, o principal eram as anfetaminas, também conhecidas popularmente como “rebite”.
Essas drogas sintéticas costumam ser usadas por motoristas profissionais para inibir o sono e permitir jornadas longas e ininterruptas de trabalho. Esse tipo de ação coloca em risco a segurança nas estradas, além de prejudicar a saúde dos que as consomem, aumentado o risco de acidentes.
Como o esquema estava “dando certo”, o grupo ainda havia ampliado as ações, passando a tecer uma grande rede de empresas e contas bancárias, com as quais movimentavam valores milionários, adquirindo produtos químicos, máquinas e blisters para produzir as drogas. Além disso, também lavavam capitais comprando veículos, fazendas e até criptoativos.
No total, a operação contou com 268 Policiais Rodoviários Federais com cães farejadores e 96 integrantes do Ministério Público Estadual, dentre eles 26 Promotores de Justiça. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Goiânia, Goianira, Trindade, Anápolis, Ceres, Mara Rosa, Campinorte, Uruaçu, Porangatu, Talismã (TO), Luiz Eduardo Magalhães (BA) e Salto (SP).
Além também de um mandado de prisão em Crixás, no interior de Goiás, em desfavor de um criminoso que já estava preso, mas ainda participava do esquema.