Pai e filho são condenados a 42 anos somados de prisão por homicídio triplamente qualificado

Após um desentendimento, réus haviam seguido a vítima para agredi-la com um objeto cortante, o que causou choque hemorrágico

Natália Sezil Natália Sezil -
Pai e filho são condenados a 42 anos somados de prisão por homicídio triplamente qualificado
Fachada do Ministério Público de Goiás. (Foto: Divulgação/MPGO)

Pai e filho foram condenados a 21 anos de reclusão por homicídio triplamente qualificado após uma sessão do Tribunal do Júri ocorrida na última quarta-feira (12), em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal (DF).

Ambos haviam sido denunciados pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) por um crime ocorrido em abril de 2024, quando, após um desentendimento, agrediram, perfuraram e mataram Carlos Alexandre Gomes da Silva, que morreu no local em decorrência de choque hemorrágico agudo.

Alguns fatores da ocasião agravaram o homicídio: motivo torpe, por ter sido resultado de uma confusão; emprego de meio cruel, por ter sido utilizado um objeto cortante; e recurso que dificultou a defesa do ofendido, já que a vítima estava sendo agredida no momento do ataque.

A denúncia também incluía embriaguez ao volante e fraude processual, uma vez que um dos réus havia coberto a tornozeleira eletrônica que usava com papel alumínio, no intuito de não ser encontrado pelas autoridades.

Na sessão do Tribunal do Júri desta semana, presidida pelo juiz titular da 1ª Vara Criminal de Luziânia, Victor Alvares Cimini Ribeiro, todas as teses da acusação foram acolhidas pelos jurados.

Os acusados também foram condenados a pagar R$ 15 mil em indenização, em favor dos familiares da vítima.

Entenda a história

O crime aconteceu no último 06 de abril, quando a vítima teve um desentendimento com um dos acusados. Eles trocaram agressões físicas e o réu desferiu um soco no rosto da vítima, que, na tentativa de se defender, acertou uma garrafa na cabeça do denunciado.

Inconformados, os dois réus passaram a procurar a vítima para matá-la. Eles a encontraram próxima a uma distribuidora de bebidas, agredindo-a com diversos chutes e pontapés.

Foi nesse momento que um acusado acertou a vítima, próximo ao peito, com um objeto cortante. Carlos Alexandre morreu no local, em decorrência de choque hemorrágico agudo. Depois disso, os acusados fugiram.

Eles foram vistos por policiais militares e tentaram escapar, mas perderam o controle do automóvel. Durante a abordagem, o pai, que era o motorista, estava visivelmente embriagado e usava uma tornozeleira eletrônica, que havia sido coberta por papel alumínio.

Ele foi sentenciado a 21 anos de reclusão, 1 ano e 2 meses de detenção e 36 dias-multa.  Já o filho recebeu pena de 21 anos de reclusão.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos grupos do Portal 6 para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.

PublicidadePublicidade