Empresário de Anápolis é suspeito de atirar com espingarda de pressão na cabeça de cachorro

"Quem tem um animal é que cuida dentro de casa e não deixar no meio da rua dando trabalho", disse o suposto autor do disparo

Um caso de maus-tratos a animal, ocorrido na manhã desta quinta-feira (24), está causando revolta entre os moradores do Residencial Boa Esperança, em Anápolis. Isso porque um empresário da região está sendo acusado de atirar com uma espingarda de pressão em um cachorro que teria entrado no estabelecimento. O animal, após os primeiros socorros, foi encaminhado para uma clínica veterinária.

Em entrevista ao Portal 6, o tutor do animal, que pediu anonimato, contou que foi ao mercadinho do bairro comprar um pão de queijo e o cachorro o acompanhou, como de costume. Segundo ele, a cadela do comerciante estaria no cio, o que teria atraído outros cães para a porta do comércio.

O tutor afirma ainda que, ao voltar para casa notou que o canino não o seguiu. Ao procurá-lo, o encontrou caído, com sinais de sangramento na cabeça. Apesar de não ter presenciado o momento do disparo, ele responsabiliza diretamente o comerciante.

“Ele deu um tiro com uma espingarda de chumbinho “na cara” do meu cachorro. Depois ainda mandou mensagem no grupo do bairro dizendo que é isso mesmo que se faz com cachorro de rua, e que quem achasse ruim que prendesse o seu”, relatou.

A mensagem citada, supostamente enviada pelo acusado em um grupo de WhatsApp da vizinhança, diz:
“Pense comigo assim: quem tem seu cachorro é que cuida, dentro de casa, não deixa no meio da rua dando trabalho.”

O dono do mercado informou aos policiais que o cão permaneceu dentro do estabelecimento após a saída do tutor e começou a urinar por vários pontos da loja. Mesmo após diversas tentativas de removê-lo, não conseguiu.

Após o ocorrido, o empresário alegou ter entrado em contato com um veterinário, que teria ido para realizar a limpeza do ferimento e um curativo no cãozinho.

A reportagem tentou contato com o comerciante apontado como autor do disparo. No entanto, ele desligou o telefone assim que soube o motivo da ligação e se recusou a comentar o caso.

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