SAMU de Anápolis já é referência no país e modelo em estudo pode ser retrocesso

Consórcio, no entanto, traria alívio financeiro para contas públicas de uma Prefeitura altamente endividada

Samuel Leão Samuel Leão -
SAMU de Anápolis já é referência no país e modelo em estudo pode ser retrocesso
Ambulâncias do Samu. (Foto: Divulgação/SES-GO)

Referência nacional, o SAMU de Anápolis pode deixar de ser gerido exclusivamente pelo município para fazer parte de um consórcio estadual — mudança que, segundo profissionais da área consultados pela Rápidas, pode representar um retrocesso.

A gestão da RUE (Rede de Urgência e Emergência), com todas as urgências e emergências da cidade (como UPA’s, Alfredo Abrahão, Santa Casa, Maternidade Dr. Adalberto) ficaria sob a responsabilidade da gestão do consórcio.

Jean Pierre, enfermeiro com 20 anos de carreira no SAMU, alertou que os atuais servidores serão substituídos por novos selecionados por organizações sociais (OSs). A parceria com o Corpo de Bombeiros, que conta com mais de uma centena de militares à disposição desse serviço, também estaria ameaçada.

“Cerca de 150 bombeiros perderão esse trabalho, encerrando uma parceria de décadas. Atualmente, os condutores são bombeiros militares, profissionais altamente qualificados que ajudam no resgate, gerando uma boa sincronia entre as equipes”, frisou.

A redistribuição de unidades preocupa. Com seis viaturas de suporte básico e duas de suporte avançado, Anápolis já sofre com a demanda crescente. Num consórcio seria pouco provável que esses veículos e equipes fiquem à disposição apenas do município.

Infográfico de pontos levantados. (Foto: Alaor Rocha/Portal 6)

Pontos positivos caso Anápolis entre no consórcio

Toda moeda tem dois lados e o modelo em estudo não seria diferente. Em Minas Gerais, a troca por um consórcio melhorou o atendimento e serviu de alívio financeiro para prefeituras.

No caso de Anápolis, com o alto endividamento promovido na gestão anterior, qualquer folga no orçamento ajuda a tirar do papel outras obrigações e prioridades.

Cidades vizinhas que são atendidas pelo SAMU anapolino, mas não contribuem com o custo da operação, passariam a ser um “problema do estado” e não mais para o bolso do anapolino.

“Haveria SAMU em um raio de 60 ou 100km entre as cidades, ajudando municípios distantes de hospitais regionais, os quais estão mais concentrados na região Central, alguns no Norte e Sul. O vazio assistencial em Goiás ainda é muito grande”, detalhou Jean.

Helicópteros e aviões passam a integrar a rede do SAMU, o que também seria um diferencial para cidades isoladas, visto que Anápolis conta com várias unidades de saúde dentro do próprio município e, as poucas demandas que não podem ser resolvidas nelas, passam para capital, Jaraguá ou Uruçu.

Ao menos publicamente, Mabel não pretende bater de frente com Policarpo

A bandeira branca que o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), fez em público ao minimizar as declarações e comportamentos do presidente da Câmara Municipal, Romário Policarpo (PRD), foi vista por aliados como natural. O que não quer dizer que nos bastidores não haverá reação.

Suender está descontente pela não criação de secretaria de Segurança Pública, mas não abandonará bandeira

Defensor ferrenho de uma secretaria para área de Segurança Pública na administração municipal, o vereador Policial federal Suender (PL), que é base de Márcio Corrêa (PL), não disfarça o descontentamento pela não criação da pasta na reforma administrativa enviada pelo prefeito à Câmara Municipal.

Como compensação ele pretende defender com mais ênfase a criação da Guarda Civil e trabalhar pela aprovação de projetos de leis ligados ao tema.

Restaurantes podem ter custo zero em delivery por promoção da 99

A 99 anunciou que vai isentar de taxas de serviço e mensalidade os restaurantes que se cadastrarem na 99Food, sua plataforma de delivery.

A medida, válida por dois anos, visa atrair estabelecimentos que antes ficavam de fora desse tipo de serviço.

Nota 10 

Para Polícia Civil do Rio de Janeiro (PC-RJ), que evitou uma tragédia ao descobrir o plano de ataque a bomba no show da Lady Gaga, que reuniu mais de 2 milhões de pessoas.

Nota Zero

Para as distribuidoras de bebidas de Aparecida de Goiânia. Metade das fiscalizadas pelo Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM) não possuía alvarás de funcionamento ou descumpriam outras normas.

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