Após colocar cartaz avisando que petista não era bem-vindo, dono de frigorífico em Goiânia se explica
Loja já havia chamado atenção antes, ao vender "picanha do mito" e fazer propaganda eleitoral para o ex-presidente Jair Bolsonaro

Após colocar um cartaz na fachada da loja avisando que “petista não é bem vindo” e acabar sendo denunciado, o proprietário do Frigorífico Goiás foi a público se manifestar sobre o assunto.
Leandro Batista Nóbrega usou as redes sociais para responder o deputado estadual Mauro Rubem (PT), responsável por acionar o Ministério Público de Goiás (MPGO) e o Procon para o caso.
No vídeo, o empresário diz fazer um desabafo e começa a tecer críticas ao parlamentar, acumulando xingamentos.
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“Você é uma vergonha para o estado de Goiás. Eu quero encontrar com você nos tribunais, seu marginal. Deixa quem trabalha em paz, rapaz. Quem sustenta esse estado aqui é nós que trabalha“.
Leandro até tenta se explicar quanto ao recado deixado na vitrine. “Petista aqui não é proibido de entrar no Frigorífico Goiás, não. Não é bem-vindo entrar aqui. Isso não significa que é proibido entrar aqui”.
Entenda
Na última terça-feira (23), o jornal O Popular repercutiu uma fotografia tirada da vitrine do frigorífico, localizado na Avenida Deputado Jamel Cecílio, no Setor Sul, em Goiânia.
O cartaz dizia respeito a uma promoção “fecha mês”. Embaixo do preço promocional, a frase: “petista aqui não é bem vindo”.
Segundo o Procon, a conduta é proibida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC).
O documento explica, no artigo 39, que o fornecedor não pode “recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas disponibilidades de estoque e conformidade dos usos e costumes”.
Também veda “recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento”.
Ainda de acordo com O Popular, uma versão digital do anúncio também havia sido publicada na conta da empresa no Instagram. Ambos foram retirados.
Resposta do deputado
Mauro Rubem respondeu ao empresário. Em nota enviada à imprensa, afirmou que “exerceu o papel que lhe cabe enquanto parlamentar: fiscalizar e encaminhar às autoridades competentes situações que podem configurar abusos ou ilegalidades”.
Também escreveu: “o Procon reconheceu a abusividade da prática e o próprio frigorífico retirou a placa. Se não houvesse irregularidade, nem o órgão de defesa do consumidor teria se manifestado, nem o estabelecimento teria removido a publicidade”.
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— Portal 6 (@portal6noticias) September 27, 2025
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