Por mês, cada preso em Goiás custa cerca de R$ 1,4 mil aos cofres públicos

Embora esteja acima do valor de um salário mínimo, valor é um dos menores do país que gasta mensalmente uma média de R$ 2.146 por detento

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Presídio Estadual de Anápolis, inaugurado em 2018. (Foto: Divulgação/ Governo de Goiás).

Cada detento custa R$ 1.388 aos cofres públicos de Goiás. É o que revela um estudo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), publicado no último dia 30 de novembro.

Esse cálculo é feito dividindo as despesas com gasto de pessoal e administrativas pelo número de encarcerados de um mesmo mês.

Para o estado goiano, foram considerados salários, transporte (somando inclusive transporte para audiências e atendimento à saúde), combustível, energia, saneamento, limpeza, alimentação, dentre outros itens.

Embora esteja acima do valor de um salário mínimo, o custo goiano é um dos menores dentre os estados pesquisados.

Das 22 Unidades Federativas que responderam ao levantamento da CNJ, Goiás é quinta que menos gasta com os detentos. De acordo com a pesquisa, o custo médio nacional é de R$ 2.146.

Um dos itens que o estado se destacou foi o valor da alimentação mensal. Com despesa média de R$ 286 para cada detento, o custo é menos que a metade do preço da cesta básica de outubro em Goiânia (R$591,78).

Mas apesar de não fazer parte da constituição dos valores no levantamento, esse montante tende a ficar ainda menor. Isso porque o governador Ronaldo Caiado (DEM) sancionou, em outubro deste ano, uma lei  que transfere aos presos o valor da despesa da tornozeleira eletrônica.

De acordo com a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), cada equipamento custa R$ 245 por mês.

Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-GO), atualmente, 4.602 detentos fazem uso do dispositivo no Estado, o que pouparia cerca R$ 13 milhões aos cofres públicos.

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