Um ano após passar por duas experiências que jamais serão esquecidas, família de Anápolis fará gesto de gratidão aos garis

Apesar de ser muito específica, celebração passa longe de ser privada e todos são bem-vindos a comparecer

Caio Henrique Caio Henrique -
Um ano após passar por duas experiências que jamais serão esquecidas, família de Anápolis fará gesto de gratidão aos garis
Reunião muito similar aconteceu no ano passado. (Foto: Arquivo Pessoal)

Neste sábado (18), se completa um ano de dois acontecimentos muito marcantes em Anápolis, cada qual à sua maneira, ainda que com as mesmas pessoas.

Isso porque, durante a manhã do dia 18 de dezembro de 2020, a família do garotinho Juan, de 03 anos, organizou um café da manhã para os garis da região, que eram adorados pela criança.

A situação toda foi muito comovente e teve um significado especial para o pequeno, diagnosticado com autismo.

Horas depois, entretanto, a mesma família sofreu um trauma, depois que Dielinton Haryell Silva Roque, de 16 anos, foi atropelado na Avenida Pedro Ludovico por um Ford Corcel e não resistiu aos ferimentos.

O acidente ocorreu em uma rotatória na altura do Residencial Morumbi. Em alta velocidade, o veículo realizou uma conversão irregular e passou por cima do adolescente que estava andando de bicicleta.

Nova festa

Padrasto de Dielinton e pai de Juan, Henrique conversou com a reportagem do Portal 6 para compartilhar os planos dele e da família para a data que se aproxima.

“Meu filho não falava ou ouvia, mas foi através do caminhão de lixo e do pessoal que trabalhava lá que ele começou a desenvolver. Hoje, ele já faz tratamento especializado”, contou.

Esse carinho e conexão foi o que motivou a primeira reunião, ainda em 2020. E a ideia de Henrique é repetir a dose, agora em 2021.

Programado para acontecer às 08h30, na Rua Copa 11 do Residencial Copacabana, o café da manhã terá os garis, mais uma vez, como foco da festa, juntamente, é claro, de Juan.

O pai também destacou que o momento será aproveitado para homenagear o enteado, vítima do acidente fatal.

Apesar de muito específica, a reunião passa longe de ser privada e, segundo Henrique, todos são bem-vindos a comparecer.

“Qualquer um que tenha se sensibilizado com a situação e queira vir, teremos uma mesa recheada com bolos, panettone e um café da manhã especial de Natal para os garis”, explicou.

“É uma forma de agradecimento por eles existirem e fazerem esse trabalho tão importante e especial”, concluiu.

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