Anápolis vai perder pelo quinto ano consecutivo participação na divisão do ICMS
Entenda como isso prejudica a arrecadação anual do município e veja sequência de resultados negativos desde 2020
Enquanto cidades como Rio Verde e Aparecida de Goiânia devem aumentar sua participação na divisão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – que será repassada aos municípios goianos pelo governo estadual – em 2024, Anápolis, que vem perdendo destaque na economia goiana, manterá o desempenho negativo pelo quinto ano consecutivo.
Os dados fazem parte do Índice provisório de Participação dos Municípios (IPM) e foram divulgados pela Secretaria de Estado da Economia.
Em 2020, a queda foi de 5,20%; em 2021, houve uma nova baixa, de 3,65%; e em 2022, a perda foi de 3,67%. Neste ano, o cenário ficou ainda pior, com a redução da participação de Anápolis em 8,17%.
No entanto, a prévia do IPM mostra que no ano que vem o município baterá um novo recorde negativo: – 8,69%.
Neste ano, o Portal 6 noticiou a migração de empresas que deixaram Anápolis para se instalar em Aparecida de Goiânia. Uma delas, a Roche, foi líder, por vários anos, como a maior contribuinte de ICMS em Anápolis.
Além do fechamento de postos de trabalho, a saída da empresa provoca outra mudança: neste ano, a Roche, que se mantém entre as maiores contribuintes de ICMS de Goiás, já aparece em novo endereço.
A mesma lógica se aplica à DHL, principal empresa de logística do mundo, que deixou Anápolis e foi para Aparecida.
O ICMS é um imposto relacionado à atividade econômica e a contínua redução da fatia que Anápolis vem recebendo na divisão do “bolo” desse imposto ajuda a explicar as projeções sobre Aparecida de Goiânia superar o município e assumir a segunda colocação no PIB goiano.