É absurdo o que internos sofriam dentro de clínica de reabilitação em Anápolis

Internos do estabelecimento precisaram ser retirados do local por ambulância, devido às condições em que se encontravam

Augusto Araújo Augusto Araújo -
É absurdo o que internos sofriam dentro de clínica de reabilitação em Anápolis
Pacientes da clínica “Viver Bem”, localizada no Recanto do Sol, viviam em situação precária. (Foto: Reprodução)

Doença, abandono e situação degradante de higiene. Essas eram as condições dos pacientes encontrados nesta quarta-feira (03), na clínica de recuperação clandestina “Viver Bem”, localizada no setor de chácaras, no fundo do Recanto do Sol, Região Nordeste de Anápolis.

Ao Portal 6, o delegado Leonilson Pereira de Sousa, responsável pela investigação, explicou que o estabelecimento mantinha em situação de confinamento 32 homens.

Destes, a grande maioria seria formada por pessoas com transtornos psicológicos, enquanto os demais eram dependentes químicos.

Além disso, os pacientes viviam em uma situação de péssima higiene. “Muitas pessoas com doenças semelhante a sarna, colchões apodrecidos, bem degradante mesmo. Pessoas muito debilitadas precisaram até ser levadas para hospitais”, destacou.

Conforme o Portal 6 mostrou anteriormente, alguns deles foram retirados do local por ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e do Corpo de Bombeiros.

Não o bastante, os internos eram os responsáveis por fazer a limpeza do local e a própria alimentação, não havendo profissionais designados para a função.

Os confinados também não tinham uma rotina para receber atendimentos médicos regulares e os responsáveis por administrar o local sequer tinham preparo para acolher essas pessoas.

O máximo que eles tinham era uma psicóloga e uma enfermeira, que passavam pelo local de 15 em 15 dias.

“Mas um paciente que estava lá internado há cerca de sete meses, viu a psicóloga no máximo umas duas vezes. A cada dia que ia lá, ela fazia só sete atendimentos”, explicou.

Ainda não se sabe exatamente há quanto tempo a clínica está em funcionamento, mas um dos pacientes teria dito que estava internado há cerca de três anos no local.

Por fim, a investigação apontou que alguns dos internos da Viver Bem estavam em uma outra clínica, que já tinha sido fechada, e foram transferidas para essa dentro de um caminhão baú.

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