É caro terreno no Lago Corumbá? Especialista dá dicas para quem quer economizar
Por mais que exista um perfil de alto padrão em quem normalmente possui casas por lá, há estratégias para aliviar o bolso


Poucos destinos turísticos possuem tanto apelo e apreço pelos goianos quanto o Lago Corumbá. Basta um feriado prolongado ou mesmo um simples final de semana como desculpa para relaxar longe do caos urbano. Porém, é natural surgir a pergunta: afinal, é caro comprar um terreno por lá? A resposta curta é sim — ao menos de forma oficial.
Foi o que revelou, em entrevista ao Portal 6, o consultor imobiliário Rodrigo Vieira (@escritorioatlanta.com.br), com mais de 12 anos de atuação no mercado e atualmente focado em empreendimentos de alto padrão ao redor do Corumbá.
O profissional pontuou que o perfil que procura um lote nas proximidades do lago o faz com o intuito de adquirir uma segunda moradia — um lugar para passar os finais de semana com tranquilidade, segurança e, principalmente, conforto.
“Comodidades como portaria, restaurantes, quadras esportivas — todas essas facilidades são bem vistas por quem quer comprar, por mais que isso aumente o valor do lote. Porque, mais uma vez, é sobre conforto”, destacou.

Rodrigo Vieira é corretor imobiliário há mais de 12 anos e atualmente focado em clientes de alto padrão que buscam a segunda moradia no Lago Corumbá. (Foto: Arquivo pessoal)
Assim, em um condomínio com boa localização e que forneça serviços de qualidade, os preços dos lotes começam na casa dos R$ 350 mil. Com relação às casas já construídas, Rodrigo destacou ser muito difícil encontrar imóveis por menos de R$ 1 milhão.
Porém, o corretor ressaltou que ainda há opções mais acessíveis para outros perfis, em empreendimentos talvez não tão bem localizados ou que ofereçam menos atrativos. Nesses casos, é possível encontrar lotes a partir de R$ 180 mil.
Quem compra na planta, não reclama
Vale destacar que os valores mencionados se referem a lotes já com o empreendimento entregue — ou seja, com ruas asfaltadas, rede elétrica montada e a maior parte dos serviços estabelecidos. No entanto, uma prática comum para quem busca economia é comprar o terreno antes desse processo ser concluído.
Claro, há alguns lados negativos. Rodrigo explicou que empreendimentos desse tipo levam cerca de 18 a 24 meses para serem entregues. Na prática, isso significa que, caso a pessoa compre o terreno assim que ele for anunciado, deverá esperar quase três anos para poder construir ou usufruir do local.
Em contrapartida, isso possibilita preços bem mais acessíveis do que opções já lançadas, com valores entre 20% e até 30% menores — ou até mais, em alguns casos.

Lago Corumbá 4, em Abadiânia. (Foto: Reprodução)
A prática é tão vantajosa do ponto de vista financeiro que uma estratégia adotada por vários empresários é aguardar os lançamentos e, o mais rápido possível, garantir um ou mais terrenos de antemão, já com o intuito de revendê-los.
Além disso, quando se compra um terreno na planta, é possível negociar o pagamento diretamente com a empresa responsável pelo loteamento, sem a necessidade de um financiamento bancário, o que por si só já diminui a burocracia do processo.
Fora do orçamento
Para quem achou os valores altos, o consultor destacou que algumas estratégias podem ser usadas por quem não abre mão do conforto, mas ainda precisa de um alívio no bolso.
“Uma possibilidade, que até alguns clientes meus adotam, é dividir em cotas o valor do lote. Daí, eles organizam entre si o período em que cada um vai usufruir do local”, disse.
Outro ponto levantado por Rodrigo, com bastante ressalvas, é a venda de terrenos de forma paralela. Por não seguirem as regulamentações ou licenças exigidas, ele alertou que é possível, sim, encontrar ofertas “inacreditáveis” de lotes a partir de R$ 90 mil.
Porém, ele não recomenda essa prática, justamente pelos problemas que podem ocorrer no futuro e pela falta de segurança e transparência na venda.
A recomendação, para os que desejam adquirir o tão sonhado lote, é procurar um corretor de confiança, sempre lembrando-se de verificar se o profissional possui registro válido no Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci).
Siga o Portal 6 no Instagram: @portal6noticias e fique por dentro das últimas notícias de Goiás!