Homem que matou companheira cega e mandou enteado pular da ponte em Alexânia é condenado

Sentença determinou 27 anos de prisão e indenização de pelo menos R$ 150 mil à família da vítima

Natália Sezil Natália Sezil -
Roberto Nogueira de Oliveira foi condenado a 27 anos de prisão.
Roberto Nogueira de Oliveira foi condenado a 27 anos de prisão. (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Roberto Nogueira de Oliveira, acusado de assassinar a companheira cega a facadas e mandar que o enteado pulasse da ponte, em Alexânia, foi condenado a 27 anos, dois meses e 20 dias de prisão.

Ele também deverá pagar indenização de, no mínimo, R$ 150 mil à família da vítima, após a sentença emitida pelo juiz Fernando Augusto Chacha de Rezende.

O crime, entendido como homicídio duplamente qualificado, aconteceu em 20 de janeiro de 2001, segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO).

Na data, Roberto estava com Sônia de Azevedo e o filho dela, de oito anos, em uma chácara localizada próxima à BR-060, na região do Rio Areia, no Entorno do Distrito Federal (DF).

Em certo momento, a mulher teria deixado que as sandálias saíssem dos pés – e por isso, que foi classificado pela Justiça como motivo fútil, o réu começou a chutá-la.

Sônia precisou deitar no chão e foi acertada por 12 facadas, enquanto estava deitada, sem possibilidade de defesa (o que também foi considerado pelo juiz).

Depois disso, o condenado mandou que o enteado, que também estava no chão, pulasse de uma ponte – que teria de 20 a 30 metros de altura – caso não quisesse ter o mesmo desfecho.

O filho de Sônia detalhou à TV Anhanguera, em 2024, que presenciou toda a cena. “Ele perguntou para mim se eu queria morrer igual minha mãe ou se eu queria pular de cima da ponte”.

“Lembro que eu falei que preferia pular de cima da ponte e foi quando ele me jogou. Ele me jogou e foi conferir se eu tinha morrido. E eu estou vivo, graças a deus”, contou Rafael de Azevedo na ocasião.

Roberto foi preso em 27 de agosto de 2024, na cidade de Navegantes, em Santa Catarina, após mais de 20 anos foragido. Agora, ele fica à disposição da Justiça.

Embora o caso não tenha sido tratado como feminicídio, vale ressaltar: mulheres que estejam sofrendo com violência doméstica podem buscar ajuda 24h ligando 180, na Central de Atendimento à Mulher.

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