Volta das chuvas em Anápolis gera apreensão em comerciantes da Amazílio Lino: “a gente tem é medo”
Apesar de estar há dois anos sem incidentes, frequentadores da região já começam a ficar em alerta para o que pode acontecer

Um dos pontos críticos para enchentes em Anápolis é a rua Amazílio Lino, que liga a Vila Góis e o Centro à Avenida Brasil, e já registrou cenas impressionantes da água invadindo lojas e destruindo estabelecimentos. Com a aproximação da temporada de chuvas, a população da região já começa a ficar alerta para o que pode acontecer.
Pensando nisso, o Portal 6 conversou com comerciantes da região, situados na própria Amazílio e que já foram atingidos pelas enchentes, para entender como estão as expectativas.
“Estamos otimistas e confiantes com a nova gestão. O prefeito tem demonstrado interesse em novos projetos para amenizar os transtornos causados pelas enchentes. É preciso que sejam feitas manutenções preventivas durante todo ano, antes da chegada da época de chuvas. Esta região por anos foi abandonada, mesmo sendo a principal via de acesso unindo o Centro aos bairros nobres da cidade”, expressou Reginaldo Rezende, empresário que tem um comércio na região.
Leia também
- Motorista de ônibus relata ter urinado na roupa após ser impedido de usar os banheiros de terminal em Goiânia
- Essa escolha definiu a sobrevivência de jovem que acompanhava adolescente que morreu eletrocutada em Goiânia
- Apesar do sucesso de Demon Slayer, estreia de Chainsaw Man em Anápolis ainda é motivo de dúvidas
Ele ainda complementou, dizendo que “é preciso tirar do papel e tornar em realidade as promessas que vem sendo repetidas e nunca realizadas durante anos, em todas as gestões anteriores”.
Apesar do otimismo, tendo em vista que nos últimos dois anos as enchentes não ocorreram, ainda há certa apreensão pela lembrança do que pode ocorrer e o entendimento que, se a natureza surpreender e as chuvas tiverem um volume muito elevado, as cenas trágicas podem se repetir.
Lembranças que causam medo
“A expectativa é medo, a gente tem medo. Vimos que estavam limpando o córrego, não teve mais casos nos últimos dois anos, mas a gente não sabe se vai chover o bastante para o rio passar por cima e alagar de novo“, contou Lázaro Neto.
Vale destacar que a limpeza das margens do córrego foi uma das medidas tomadas ao longo dos últimos anos, além do plano de macrodrenagem, encabeçado pelo engenheiro ambiental Antônio El Zayek.
Ele busca melhorar a infiltração da água no solo e reduzir a “velocidade” em que as enxurradas descem a avenida Brasil Sul e outras ladeiras da região, que se constitui como um “fundo de vale”.
Prejuízos além do material
Além dos transtornos para limpar, recuperar e tornar o ambiente de trabalho apropriado após as enchentes, também é relatada a preocupação com a atração dos clientes, que muitas vezes não vão até o local por medo das enchentes, elas acontecendo ou não.
“O transtorno que temos é grande, de ter que limpar tudo. Sem contar que os clientes, na época da chuva, ficam com medo de vir e isso atrapalha a gente”, reforçou Lázaro, expressando que atitudes devem continuar ocorrendo para garantir a segurança dos bens e imóveis, e também dos moradores e cidadãos que percorrem a região.
Siga o Portal 6 no Instagram: @portal6noticias e fique por dentro das últimas notícias de Anápolis!