Creche que funcionava sem alvará em Anápolis é interditada sob suspeita de maus-tratos
Polícia foi acionada depois que uma criança, de 2 anos, começou a sofrer convulsões

Uma creche localizada no Bairro de Lourdes, em Anápolis, foi interditado na tarde desta quinta-feira (06), após autoridades constatarem que o local tinha diversas irregularidades e não possuía qualquer alvará de funcionamento.
Vários órgãos foram mobilizados depois que a Polícia Militar (PM) foi acionada para socorrer uma criança, de apenas dois anos, que sofria crises convulsivas. Ela teria sido derrubada, sendo encontrada com um ferimento na cabeça e sangramento nasal.
A pequena foi levada à Unidade Básica de Saúde (UBS) do Bairro de Lourdes, onde foi atendida pela equipe médica de plantão. Depois, foi encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Pediátrica, onde teria chegado em estado grave.
Após o ocorrido, as autoridades se deslocaram até a creche, onde se depararam com 20 crianças, todas colocadas sob risco à integridade física.
Isso porque os policiais teriam confirmado vários problemas: portas de madeira com pregos expostos, objetos pontiagudos e materiais metálicos acessíveis, além de uma construção inacabada de tijolos soltos próximo a onde os pequenos brincavam.
Também, acesso livre das crianças à cozinha, onde havia panelas quentes e acúmulo de sujeira. Na área de ensino, os militares teriam encontrado restos de alimentos pelo chão e o forte odor de fezes, vindo de fraldas descartadas inadequadamente.
Questionada, a proprietária do espaço, de 33 anos, não teria apresentado qualquer comprovação de formação técnica ou profissional, nem teria mostrado as documentações exigidas. Segundo ela, a justificativa era de que o estabelecimento havia sido aberto há poucos meses.
Diante do cenário, foram acionados o Conselho Tutelar, a Secretaria Municipal de Posturas, o Corpo de Bombeiros e a Vigilância Sanitária. O espaço foi notificado e interditado, e as crianças foram entregues aos pais sob supervisão.
O caso foi encaminhado à Polícia Civil (PC), que fica responsável por investigar a situação mais a fundo, identificar outros possíveis suspeitos e tomar as providências legais. O ocorrido é encarado como maus-tratos.
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