Creche que funcionava sem alvará em Anápolis é interditada sob suspeita de maus-tratos

Polícia foi acionada depois que uma criança, de 2 anos, começou a sofrer convulsões

Natália Sezil Natália Sezil -
Creche foi interditada após autoridades se depararem com várias irregularidades.
Creche foi interditada após autoridades se depararem com várias irregularidades. (Foto: Reprodução)

Uma creche localizada no Bairro de Lourdes, em Anápolis, foi interditado na tarde desta quinta-feira (06), após autoridades constatarem que o local tinha diversas irregularidades e não possuía qualquer alvará de funcionamento.

Vários órgãos foram mobilizados depois que a Polícia Militar (PM) foi acionada para socorrer uma criança, de apenas dois anos, que sofria crises convulsivas. Ela teria sido derrubada, sendo encontrada com um ferimento na cabeça e sangramento nasal.

A pequena foi levada à Unidade Básica de Saúde (UBS) do Bairro de Lourdes, onde foi atendida pela equipe médica de plantão. Depois, foi encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Pediátrica, onde teria chegado em estado grave.

Após o ocorrido, as autoridades se deslocaram até a creche, onde se depararam com 20 crianças, todas colocadas sob risco à integridade física.

Isso porque os policiais teriam confirmado vários problemas: portas de madeira com pregos expostos, objetos pontiagudos e materiais metálicos acessíveis, além de uma construção inacabada de tijolos soltos próximo a onde os pequenos brincavam.

Também, acesso livre das crianças à cozinha, onde havia panelas quentes e acúmulo de sujeira. Na área de ensino, os militares teriam encontrado restos de alimentos pelo chão e o forte odor de fezes, vindo de fraldas descartadas inadequadamente.

Questionada, a proprietária do espaço, de 33 anos, não teria apresentado qualquer comprovação de formação técnica ou profissional, nem teria mostrado as documentações exigidas. Segundo ela, a justificativa era de que o estabelecimento havia sido aberto há poucos meses.

Diante do cenário, foram acionados o Conselho Tutelar, a Secretaria Municipal de Posturas, o Corpo de Bombeiros e a Vigilância Sanitária. O espaço foi notificado e interditado, e as crianças foram entregues aos pais sob supervisão.

O caso foi encaminhado à Polícia Civil (PC), que fica responsável por investigar a situação mais a fundo, identificar outros possíveis suspeitos e tomar as providências legais. O ocorrido é encarado como maus-tratos.

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Natália Sezil

Natália Sezil

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Goiás, é estagiária do Portal 6 e atua na cobertura do cotidiano. Apaixonada por boas histórias, gosta de ouvir as pessoas, entender contextos e transformar relatos em narrativas que informam e conectam o público.

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