Veterinária de Anápolis denuncia que plano se recusou a pagar tratamento contra câncer raro: “não posso morrer”

Ela, que é mãe de uma garotinha de 6 anos, afirma que já vendeu até a casa dos pais, mas custos são altíssimos

Pedro Hara Pedro Hara -
Veterinária de Anápolis denuncia que plano se recusou a pagar tratamento contra câncer raro: “não posso morrer”
Lidiane Aparecida Sartin de Oliveira. (Foto: Reprodução)

Lidiane Aparecida Sartin de Oliveira, de 41 anos, foi diagnosticada, em dezembro de 2022, com um câncer de fígado. A doença foi descoberta após ela sofrer cólicas renais e precisar buscar uma emergência, em Anápolis.

Em uma série de vídeos no Instagram, a médica veterinária relatou que é cliente da Hapvida e denunciou que o plano de saúde está se recusando a custear o tratamento contra o câncer, que é considerado raro.

Atualmente, ela está lutando contra um hepatocarcinoma fibrolamelar, que ataca o fígado e majoritariamente pode atingir pessoas entre 30 e 45 anos.

“O diagnóstico foi confirmado por exames de ressonância magnética do abdômen mais biópsia do fígado. O subtipo fibrolamelar, que é raro, foi confirmado por exame de imunohistoquímica”, explicou ao Portal 6.

Diante da negativa da Hapvida em custear os procedimentos, ela está tendo que fazer os procedimentos de imunoterapia de maneira particular.

Isso porque, ao passar pelas consultas e exames e receber a proposta de tratamento dos profissionais do plano, que seria custeado, ela decidiu buscar novas opiniões médicas e descobriu que poderia receber medicamentos diferentes, e mais eficazes, que não seriam cobertos pelo convênio.

Lidiane revelou que cada sessão dessa opção de tratamento tem o custo de R$ 64,4 mil. Ela, que é mãe de uma garotinha de 6 anos, conta que já vendeu até a casa dos pais para seguir lutando pela sobrevivência e precisou judicializar o caso para conseguir os remédios que são melhores do que o oferecido pelo Hapvida.

“As sessões são feitas de 21 em 21 dias e são para o resto da vida. A decisão judicial saiu no dia 06 de fevereiro deste ano, mas o juiz ainda não apreciou o pedido pois está super lotado. É muito processo para pouco juiz”, explicou.

A decisão judicial saiu no dia 06 de fevereiro deste ano. O juiz está superlotado para apreciar o pedido. É muito processo para pouco juiz”, explicou.

“A Hapvida negou o tratamento por questão de dinheiro. Ela alega que está me dando o tratamento da liminar, mas não está”, acrescentou.

Desesperada, Lidiane agora está usando as próprias redes para tentar sensibilizar o plano de saúde para que a liminar da Justiça seja devidamente obedecida para que ela consiga se tratar.

“Eu não sei se esse tratamento vai me curar, mas pelo menos vai controlar a doença por um tempo. Porque eu preciso ficar aqui, eu tenho uma filha de 06 anos, eu não posso morrer agora”.

O Portal 6 entrou em contato com a Hapvida para que a empresa se manifeste em relação as alegações feitas por Lidiane. Não houve manifestação até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestação.

 

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