Ministério Público quer que Sérgio de Moraes, que matou entregador do Ifood em Anápolis, vá a júri popular

Advogado também foi denunciado por outros dois crimes cometidos no dia em que provocou acidente e fugiu sem prestar socorro

Caio Henrique Caio Henrique -
Sérgio Morais vai à júri popular. (Foto: Reprodução/ TV Câmara)

O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) finalizou e encaminhou a denúncia do advogado Sérgio de Moraes para o poder Judiciário.

O processo teve o segredo de justiça retirado nesta sexta-feira (28), permitindo à imprensa ter acesso a mais detalhes sobre o caso.

Após o recebimento e análise do inquérito realizado pela Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito (DICT), o MPGO deu prosseguimento à denúncia contra o advogado por três diferentes crimes.

Foram eles: homicídio doloso – quando se prevê a consequência das atitudes e, ainda assim, assume o risco de matar – afastar-se do local do acidente para fugir à responsabilidade penal ou civil e também por dirigir sob influência do álcool.

Todos foram cometidos no próprio dia da colisão, quando Sérgio realizou uma manobra indevida na via, após consumir bebida alcoólica, e matou o entregador do Ifood, Wilkinson Leles do Nascimento, de 38 anos.

Também faz parte do pedido do Ministério Público que o caso conte com o julgamento do júri popular.

Ao Portal 6, o promotor responsável pela denúncia, Denis Augusto Bimbati, elogiou o trabalho dos policiais envolvidos na elaboração do inquérito.

“Foi muito bem instruído e dispunha de todas as provas necessárias para subsidiar a denúncia nos termos em que foi oferecida”, destacou.

A reportagem apurou também que o documento já chegou às mãos da juíza Hanna Lídia Rodrigues, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Anápolis.

A magistrada já tomou ciência do procedimento e deu início ao processo de citação – formalidade que funciona basicamente como uma “convocação” do réu, no caso Sérgio, a participar do processo.

O grande problema, entretanto, é que ele segue foragido, mesmo com o mandado de prisão em aberto.

Foi oferecido um prazo de 10 dias para que ele responda devidamente às acusações. Caso não seja cumprido e o advogado siga foragido, a situação ganhará novos desdobramentos, já perante a Justiça.

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