‘Rota do tráfico’ em Anápolis preocupa Prefeitura e amedronta comerciantes

Praças e espaços públicos da região Central viram ponto de drogas e prefeito quer reforçar policiamento

Lucas Tavares Lucas Tavares -
Construção parada do novo Centro Administrativo. (Foto: Divulgação / PCGO)

A insegurança tem incomodado diversos moradores de Anápolis, principalmente aqueles que passam frequentemente por lugares já conhecidos como rota de tráfico.

Localizados principalmente na região Central, criminosos e usuários têm tomado conta das praças e prédios públicos em desuso.

O cenário trazido pelo tráfico de drogas incomoda moradores, comerciantes e transeuntes que frequentemente passam por esses locais.

Em prestação de contas na Câmara Municipal, o prefeito Roberto Naves (PP) afirmou que há traficantes se misturando com pessoas em situação de rua. Ele disse ainda que o crime não será tolerado.

“Em Anápolis está tendo uma confusão muito grande do que é morador de rua e o que é traficante. [Para o] Morador de rua, a prefeitura e várias outras organizações sociais prestam um serviço fantástico. Agora o que nós não vamos aceitar são criminosos infiltrados”, afirmou.

Segundo ele, há um aumento no número do chamado “aviãozinho”, aquele que faz a intermediação entre o usuário e os chefes do tráfico.

“O que tem alertado a segurança no nosso município é o aumento do pequeno traficante. Ele tem se infiltrado no meio dos moradores de rua porque sabem que nós temos uma rede de proteção forte que cuida deles. Muitos estão se infiltrando para fugir da polícia”, continua.

Na fala, Roberto cita dois pontos que estão no radar da prefeitura: a Praça Dom Emanuel e a construção parada do novo Centro Administrativo, na Avenida Brasil.

“Graças a Deus esse problema vai ser sanado porque foi fechado o orçamento e segunda-feira (06) já vai ser colocado o processo licitatório para o andamento dessa obra”, prometeu.

Além destes citados pelo chefe do executivo municipal, a Praça Bom Jesus tem sido alvo de críticas, principalmente por comerciantes que possuem ponto de venda no local.

A artesã Lúcia Leite, de 57 anos, diz que trabalha na região há mais de 15 anos e que nunca viu nada parecido.

“Nós estamos precisando mesmo é de segurança aqui. É um lugar lindo, que muitas famílias trazem as crianças para passear, mas está totalmente abandonada” disse ao Portal 6.

De acordo com ela, o que já foi um dos principais pontos turísticos da cidade sofre com o descaso da Prefeitura.

“Muita gente fica com medo de vir aqui por conta do tráfico. Tem que ter polícia 24h. O Poder Público precisa dar uma olhada nisso”, concluiu.

Em busca de soluções, Roberto afirma que entrará em contato com o Delegado Regional do Município, Maurício Kai e com o comandante da Polícia Militar, Coronel Paulo Roberto. A ideia é reforçar o policiamento nas regiões que mais sofrem com o tráfico.

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