O que aconteceu com academia de Anápolis que expulsou mulher trans por preconceito?

Ainda nesta semana, caso de anapolino impedido de treinar em estabelecimento devido ao short reacendeu discussão

Davi Galvão Davi Galvão -
O que aconteceu com academia de Anápolis que expulsou mulher trans por preconceito?
Jhenyfer Marine Elmita da Silva foi impedida de se matricular em academia de Anápolis. (Foto: Reprodução)

Após um morador de Anápolis recentemente viralizar nas redes sociais ao expor uma situação constrangedora que passou por conta do tamanho do short que usava em uma academia na cidade, reacendeu-se o debate acerca de restrições que caminham no mesmo sentido.

Outro caso emblemático que também ganhou os holofotes da mídia foi o drama vivido por Jhenyfer Marine Elmita da Silva, que teve a matrícula em uma academia voltada ao público feminino negada pelo fato de ser trans.

O episódio aconteceu ainda em 2022 e, à época, Jhenyfer relatou ao Portal 6 ter buscado o estabelecimento específico justamente por achar que seria melhor acolhida em meio a outras mulheres.

Porém, a situação não correu dessa forma. Logo no ato da matrícula, o estabelecimento barrou a denunciante, informando por meio de mensagens que ela “não se encaixava no padrão da academia”.

Entrou na Justiça

Inconformada, Jhenyfer levou o caso à Justiça e o Ministério Público representou uma ação contra a proprietária da academia, condicionando uma multa de R$ 10 mil pelos danos morais sofridos.

Porém, à reportagem, a denunciante relatou que o processo já transcorreu na Justiça, que condenou o estabelecimento, porém não na quantia inicialmente proposta.

“Foi algo no valor de cerca de R$ 3 mil. Assim, uma mixaria, mas não é isso que me importa. O que realmente valeu, para mim, foi a Justiça ter reconhecido a ilegalidade do que eu enfrentei”, disse.

Após o constrangimento, ela também reforçou que conseguiu se matricular em outro estabelecimento, sem nenhum problema do tipo.

Já em relação à academia em questão, ela segue com as atividades normalmente e tem um perfil ativo nas redes sociais.

A reportagem tentou contatar o estabelecimento por telefone e pelas redes sociais, mas não teve retorno até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto.

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