Prefeitura de Goiânia recua no corte de 30% na remuneração de médicos em plantões
Decisão ocorreu logo após representes da categoria se manifestarem contra a proposta

Poucas horas após anunciar uma redução de 30% na remuneração de médicos em plantões, a Prefeitura de Goiânia voltou atrás e desistiu da proposta após manifestações de servidores da categoria.
A reversão da decisão ocorreu ainda nesta quarta-feira (02), e foi anunciada pelo assessor-técnico administrativo da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Marcus Vinicius Alvares Magalhães.
Durante a reunião do Conselho Municipal de Saúde, ele admitiu que a pasta “agiu de forma precipitada” ao apresentar o novo modelo sem diálogo prévio com as entidades afetadas.
A proposta inicial previa mudanças nos valores recebidos por profissionais atuantes em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Unidades Básicas de Saúde (UBSs), e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Dentre as reduções, estavam previstos pagamentos de R$ 625 por plantões de 06h trabalhadas de segunda a sexta-feira, e R$ 2000 por 12h nos fins de semana — o que representa 30% a menos das remunerações que os médicos recebem atualmente.
Por conta das reclamações, poucas horas depois a SMS recuou, sustentando que irá promover uma nova discussão coletiva com entidades, que incluem o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) e o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego).
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“Não vai ser goela abaixo, não é o perfil dessa gestão. A gente preza pela discussão”, afirmou o assessor-técnico administrativo, durante a reunião.
Durante o encontro do Conselho, Marcus Vinicius argumentou que a medida serviria como forma de adequar os gastos públicos do município, que tem enfrentado desafios na área da saúde.
No entanto, isso não foi suficiente para acalmar os ânimos dos representantes do conselho e lideranças médicas, que realizaram manifestações cobrando mais diálogo e transparência junto a categoria.
Após a fala, o Simego definiu a proposta como inaceitável e prometeu recorrer ao Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) e ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) caso não houvesse um recuo — o que acabou por acontecer.
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