Polícia Civil divulga novas imagens que reconstroem últimos momentos de jovem morta durante tentativa de aborto em Ceres
Delegado responsável pela investigação deu detalhes atualizados do inquérito

A Polícia Civil (PC) divulgou novas imagens do caso de Gabriela Patrícia de Jesus Silva, de 20 anos, que morreu após uma tentativa de aborto mal sucedida em um quarto de motel em Ceres.
O caso aconteceu no dia 1º de agosto, quando a vítima foi até o local junto ao ex-namorado, suposto pai do bebê, e a atual companheira dele. Os dois foram presos em flagrante.
Os vídeos divulgados pela PC ajudam a montar a linha do tempo do que aconteceu, desde o momento em que o casal busca a jovem em casa até quando ela chega na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceres, onde teve o óbito confirmado.
O primeiro registro é feito às 17h37, quando o carro utilizado pelo suspeito para em frente a uma residência. A vítima aparece pouco depois, anda até o veículo e entra. Eles seguem caminho em seguida.
São 17 minutos até as câmeras de segurança do motel registrarem o mesmo carro. O trio chega ao local às 17h54, horário próximo ao que foi informado à equipe policial que atendeu à ocorrência, de 17h47.
O procedimento realizado dentro do quarto também foi registrado. Uma foto que teria sido tirada pelo suspeito mostra as duas jovens em cima da cama, e imagens divulgadas pela PC exibem o medicamento utilizado.
Segundo o ex-namorado, que é cirurgião-dentista, ele havia mandado manipular o “remédio” especificamente para essa situação, após supostamente concordarem com a tentativa de aborto.
Às 18h49, os envolvidos aparecem nas câmeras da UPA, em transporte próprio. A equipe médica logo socorre a vítima, que teria chegado à unidade já inconsciente e com crises convulsivas – mas sem sucesso.
O caso segue sendo investigado pela PC.
Jovem consentiu com o aborto
Segundo o delegado Matheus Costa Melo, responsável pela investigação, Gabriela consentiu com o aborto, de acordo com dados dos celulares dos envolvidos.
“A conversa dos três aparelhos celulares deixam claro que a vítima sabia do procedimento que seria feito dentro do motel, e que, de forma consentida, se deslocou até o motel sabendo que isso seria realizado”, explicou à TV Record.
Por isso, o ex-namorado e a atual companheira dele devem responder por aborto consentido e homicídio qualificado. Eles podem ir a júri popular, caso o Ministério Público ofereça a denúncia por ambos os crimes.
O delegado também detalha que a ocitocina, medicamento usado na tentativa de aborto, foi a segunda opção pesquisada pelo casal.
Ele aponta que foram diluídos entre nove e aproximadamente 20 comprimidos em soro fisiológico, que foi injetado em ambos os braços da vítima. Isso levou ao falecimento sem que houvesse tempo de resgate.
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— Portal 6 (@portal6noticias) August 11, 2025
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