Frio de congelar em Goiás: geada cobre cidades e surpreende moradores; veja o que esperar para os próximos dias

Fenômeno climático deixou paisagens cobertas por gelo em pleno mês de agosto e acendeu alerta para impactos na agricultura

Augusto Araújo Augusto Araújo -
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Imagem ilustrativa de geada em Goiás. (Imagem: Reprodução/TV Anhanguera)

O que parecia improvável em pleno cerrado goiano se tornou realidade: diversas cidades do estado amanheceram cobertas por geada nas manhãs de terça (12) e quarta-feira (13), surpreendendo moradores e mudando completamente a paisagem.

Plantas, veículos, telhados e até plantações ficaram cobertos por uma fina camada de gelo, resultado direto da forte massa de ar polar que avança pelo país.

As imagens se espalharam rapidamente pelas redes sociais e registram o fenômeno em municípios como Jataí, Caiapônia, Perolândia, Montividiu e Silvânia, no Sul e Sudoeste goiano.

Em algumas localidades, o cenário era mais comum de regiões serranas do Sul do Brasil do que do Centro-Oeste tropical.

A previsão do frio já havia sido feita pelo Centro de Informações Hidrológicas, Meteorológicas e Geológicas de Goiás (Cimehgo), que alertou sobre o avanço de uma frente fria com potencial para provocar geadas fracas a moderadas.

E o aviso se concretizou com temperaturas abaixo dos 4°C em vários pontos do estado.

Chapadão do Céu registrou a temperatura mais baixa: 3,5°C. Em Mineiros, os termômetros marcaram 3,6°C, e em Jataí, 3,8°C. Goiânia também amanheceu gelada, com mínima de 7,6°C.

Segundo a Climatempo, a geada se forma quando a temperatura do ar fica inferior a 4°C, congelando o orvalho sobre superfícies como folhas, capins e vidros.

O fenômeno, além de impressionar, acende um sinal de alerta para os produtores rurais. A geada pode causar prejuízos nas lavouras, ao queimar folhas e brotos, além de afetar pastagens usadas na alimentação do gado — justamente em um momento crítico para a agropecuária.

Enquanto o frio assusta, a seca persiste. Algumas regiões de Goiás enfrentam uma estiagem prolongada, com mais de 100 dias sem chuvas significativas no Leste e Sul do estado.

No Sudoeste, o período chega a 98 dias, e no norte, oeste e região central, são 49 dias de seca.

O cenário já afeta o nível dos principais rios goianos. O Araguaia, em Nova Crixás, atingiu o menor volume histórico para o mês de agosto. O Rio Meia Ponte, entre Goiânia e Itumbiara, opera abaixo da média e se aproxima do limite inferior da zona de normalidade. Já o Rio Vermelho, na cidade de Goiás, também registra queda de nível.

Para os próximos dias, a previsão é de manutenção do tempo seco e de temperaturas mais amenas, especialmente nas madrugadas.

A tendência, segundo os meteorologistas, é de que o frio vá perdendo força gradualmente, mas a baixa umidade relativa do ar deve continuar predominando, com índices abaixo de 20% em várias regiões.

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Augusto Araújo

Augusto Araújo

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás, é editor do Portal 6. Já atuou em veículos como o Jornal Opção e tem experiência em assessoria de comunicação. Apaixonado por esportes, preza pela apuração rigorosa, pela clareza na informação e pelo compromisso com o interesse público.

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