Pai de paciente denuncia servidores jogando videogame em UPA Pediátrica de Anápolis

Vídeo enviado ao Portal 6 mostra tela de monitor e jogo de futebol sendo exibido

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Pai de paciente denuncia servidores jogando videogame em UPA Pediátrica de Anápolis
Imagem mostra Upa pediátrica de Anápolis e registro de denunciante. (Foto: Reprodução)

A ida até a UPA Pediátrica Dr. Lineu Gonzaga Jaime, em Anápolis, foi marcada por uma surpresa para um pai. Após enfrentar uma espera de cerca de quatro horas para a realização de um exame de raio-X, ele decidiu ir até a sala para averiguar a situação e se espantou ao supostamente flagrar servidores jogando videogame.

Com exclusividade ao Portal 6, o denunciante afirma que a situação ocorreu no dia 12 de outubro. Ele deu entrada na unidade por volta das 19h, após o filho, de apenas 02 anos, sentir dores estomacais e precisar de atendimento.

Ao passar pela triagem e por alguns atendimentos, foi solicitada a realização de um raio-X. Segundo o genitor, a demora começou a causar suspeitas, o que o levou a buscar algum profissional na sala onde se faz o exame.

“O meu filho estava com um problema gastrointestinal e precisou se submeter a uma pilha de exames, mas o médico afirmou que, enquanto não passasse o raio-X completo do abdômen, não teria como dar um diagnóstico […] Na minha cabeça, achei que não tinha ninguém na sala e que não estavam atendendo, mas aí eu entrei e vi dois servidores jogando videogame, e um com o controle na mão”, diz.

Em um vídeo registrado pelo próprio pai e enviado à reportagem, é possível ver um deles sentado em uma cadeira e um monitor exibindo um jogo de futebol. A imagem ainda mostra um controle de videogame em frente ao aparelho.

Segundo o denunciante, um dos servidores teria se levantado da cadeira com outro controle e até “brincado” com o colega sobre o placar do jogo. Ele então afirma ter disfarçado e gravado o cenário.

“Quando eu entrei, estava um profissional alto, branco [não deu para ver o nome dele], e outro sentado. Na hora que eles me viram, um deles levantou com um controle na mão, tirando sarro, sabe? Brincando. Eles estavam jogando futebol e um deles foi me atender. Quando eu vi aquilo, fiz o vídeo de forma disfarçada”, reforça.

Após o atendimento, ele afirma que, por dias, havia esquecido a situação — até a divulgação de uma matéria publicada pelo Portal 6, que mostrava um pai sendo retirado da mesma UPA após supostamente desacatar servidores.

De acordo com ele, a cena despertou um misto de sentimentos, entre eles, a revolta.

“Eu entendo, porque você pega uma situação dessas e dá vontade de dar um pontapé. Por isso, quando vi a reportagem, entendi o que é. E se aconteceu comigo, pode acontecer com os filhos de outros. Você não sabe como é ver seu menino se contorcendo de dor e começar a gritar. Então, é um conforto para o pai na hora em que vê o filho ser atendido; é como se tirasse um peso”, salienta.

Diante da denúncia, a reportagem procurou a Fundação Universitária Evangélica (Funev), responsável por administrar a unidade, para obter um posicionamento, mas não obteve uma resposta oficial até a publicação.

O espaço segue aberto.

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Gabriella Pinheiro

Gabriella Pinheiro

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, está sempre atenta aos temas que impactam o dia a dia da população. Começou como estagiária no Portal 6 e, com dedicação e olhar apurado, chegou à editoria. Tem interesse especial na prestação de serviços, mas não dispensa uma boa reportagem ou uma história bem contada.

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