Macaco Francisco, que atacava moradores no Central Parque, é capturado

Veterinária Elisângela Sobreira ficou responsável por transferi-lo a uma área rural afastada

Natália Sezil Natália Sezil -
Macaco Francisco foi capturado e realocado em zona rural. (Foto: @dra_selvagem)
Macaco Francisco foi capturado e realocado em zona rural. (Foto: @dra_selvagem)

O macaco-prego que vinha preocupando moradores ao morder quem passava pelo Central Parque Senador Onofre Quinan, em Anápolis, foi capturado e liberado em uma propriedade privada na zona rural.

Quem coordenou a operação foi a veterinária Elisângela Sobreira, conhecida como Dra. Selvagem. Pelas redes sociais, a profissional compartilhou imagens onde aparece correndo atrás do animal e o prendendo com uma rede.

Francisco, como vinha sendo chamado, era o líder do grupo de macacos e era o responsável pelos ataques. Ele foi transferido nesta terça-feira (21) junto com a Chiquinha, para que possam conviver juntos.

Outros 13 macacos-prego continuam no Central Parque. Por isso, os alertas continuam: é preciso ficar longe das áreas com avisos e não se deve interagir com os animais.

Elisângela reforça: alimentar os macacos não é uma boa ideia. “Infelizmente acham bonitinhos e começam a interagir com eles. Só que é de forma negativa: começam a alimentar esses animais de forma errada, dando doces, pão de queijo, pão… e o açúcar faz com que fiquem mais agitados, mais agressivos e vão pra cima das pessoas”, diz.

O ideal é que a alimentação dos primatas venha da mata, não só para que fiquem longe dos humanos, mas para que se aproximem do modo de vida natural deles, correndo pela comida.

A veterinária também explicou à 105.7 FM que esses animais, muitas vezes, fazem associações. Se são perseguidos por crianças e adolescentes, por exemplo, passam a atacar estudantes uniformizados porque se veem ameaçados.

Elisângela alerta que as pessoas deveriam ficar sete metros longe de animais silvestres, para evitar ataques e zoonoses.

Relembre alguns casos

No dia 30 de abril deste ano, o Onofre Quinan chegou a ser parcialmente isolado devido ao registro de ataques de macacos.

Um homem havia sido mordido no tornozelo no dia anterior e precisou procurar ajuda médica, orientado a tomar as vacinas antirrábica e antitetânica e um antibiótico.

No dia 13 de setembro, um adolescente foi perseguido e atacado enquanto voltava da escola. Ele até se afastou, mas o animal voltou a persegui-lo, e uma nova investida só foi impedida porque um casal que passava de carro interveio.

No dia 28 de setembro, um morador foi atacado tão rapidamente que só sentiu a dor da mordida quando o primata já havia se afastado. Ele foi mais um dos encaminhados ao Hospital Municipal Alfredo Abrahão (HMAA).

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Natália Sezil

Natália Sezil

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Goiás, é estagiária do Portal 6 e atua na cobertura do cotidiano. Apaixonada por boas histórias, gosta de ouvir as pessoas, entender contextos e transformar relatos em narrativas que informam e conectam o público.

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