Cachorro violento vira caso de polícia em Anápolis após crianças serem atacadas no meio da rua
Ao Portal 6, mãe dos pequenos destacou que os ataques aconteceram a diversas casas de distância da que o animal vive e que vários vizinhos também já foram alvo


Foram duas vezes, nas últimas seis semanas, que uma moradora do Residencial Tangará, em Anápolis, precisou levar os filhos ao hospital após eles serem atacados por um cachorro de grande porte enquanto brincavam na rua de casa.
Em entrevista ao Portal 6, ela contou que a filha, de sete anos, passou por isso no dia 19 de março, quando estava na calçada da própria residência, a seis casas de distância de onde o cachorro mora.
Já o filho, de nove anos, chamava um amigo para brincar, a duas casas de distância do animal, nesta terça-feira (29), quando foi atacado.
A criança precisou ser levada ao hospital, onde um raio-X indicou a gravidade dos ferimentos, que chegaram a atingir o osso: “a mordida trincou a tíbia da perna do meu filho”, relatou a moradora.
Ela explicou que, agora, os filhos estão traumatizados, e que a preocupação com os ataques se espalha pelos vizinhos – já que, antes disso, pelo menos outras três pessoas já teriam sido vítimas do animal.
Segundo o relato, o tutor teria apenas pedido desculpas diante de algumas situações, dizendo que, “se precisassem de alguma coisa”, poderiam procurar ele.
Ocorrências anteriores
Segundo vizinhos, o problema já é antigo. Enquanto outra moradora da mesma rua expôs que foi atacada há cinco anos, um idoso teria passado por isso há apenas alguns meses.
“O senhor que mora na casa de frente do cachorro também foi atacado. Rasgou as calças dele e furou a perna dele com a mordida”, contou a mãe das crianças que foram vítimas do animal.
Ela relatou que os momentos em que o cachorro “escapa” são semelhantes: o animal sai correndo quando o tutor abre o portão para entrar ou sair de casa.
O alarde crescente tem mudado a rotina e atividades comuns na vizinhança. “Não podemos mais sentar na calçada de casa, com medo de que o cachorro ataque“, expôs a moradora.
Com o tempo, o caso ficou tão grave que chegou a ser registrado na delegacia. A mulher explicou que fez o boletim de ocorrência e o filho até passou por exame de corpo de delito, para demonstrar as perfurações e escoriações.
“Meu filho não consegue pisar o pé no chão, sentindo muita dor, passando pelo risco de infecção…”, compartilhou, expondo a grande preocupação com os ataques recorrentes: “vão esperar morrer uma criança aqui na rua para fazer algo?”.
“Todo mundo protege o cachorro, mas quem pode proteger o meu filho?”, questiona.
E agora?
Após os vizinhos procurarem o tutor do animal, as únicas respostas que teriam recebido seria de que “o cachorro foge quando o portão está aberto”, além de pedidos de desculpas, mas sem nenhuma possível solução.
Diante disso, a esperança da moradora é de que o caso seja resolvido junto à Polícia Civil (PC), que deve ouvir os envolvidos dentro do próximo mês.
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