Caças Gripen da Base Aérea de Anápolis têm data para receber mísseis
Previsão é que os armamentos dos Gripen sejam finalmente testados em solo anapolino até o fim deste ano


Os caças Gripen de origem sueca localizados na Base Aérea de Anápolis (BAAN), são uma demonstração de um avanço significativo na capacidade tecnológica da Força Aérea Brasileira (FAB). Embora tenham sido considerados operacionais desde abril de 2024, eles ainda aguardam autorização para o uso efetivo dos mísseis — fato que deve mudar em breve.
A previsão é que os armamentos dos Gripen sejam finalmente testados em solo anapolino até o fim deste ano. A informação foi confirmada pelo tenente-coronel Ramon Fórneas — comandante da base e um dos primeiros pilotos brasileiros a operar o modelo sueco — em entrevista concedida à Folha de S.Paulo e repercutida pela Rádio São Francisco.
“Vamos receber a próxima atualização de software nos próximos dias”, adiantou Fórneas.
Atualmente, 14 pilotos estão habilitados a voar com o Gripen sendo que um deles passou por todo o treinamento em Anápolis. “Nesse caso, o aviador veio de quatro anos com o F-5 para os simuladores, e de lá para o Gripen”, explicou o comandante.
Fase de testes
Ao todo, a FAB já recebeu oito caças e aguarda o nono, que permanece em fase final de testes. Os mísseis que equipam o Gripen são dois: o Iris-T de curto alcance e o Meteor, com capacidade de atingir alvos além do campo de visão. Este último já foi lançado na Europa, mas ainda não passou por testes no Brasil.
Apesar dos atrasos no cronograma — considerados naturais em projetos dessa escala —, o programa avançou significativamente no último ano. Após a certificação operacional, os treinamentos de combate foram iniciados, com voos ao lado de aeronaves como o F-15 e o F-16.
Segundo Fórneas, sete dos oito Gripen que estão atualmente na BAAN participaram dos exercícios e apresentaram uma taxa de uso contínuo de 85%. Ainda assim, os caças seguem sem acesso total aos mecanismos de defesa e ataque disponíveis.
Atualmente, as aeronaves já são capazes de interceptar ameaças aéreas. No entanto, em caso de necessidade de disparo real, a ação ainda seria conduzida pelos veteranos caças F-5. “Hoje podemos voar e fazer uma interceptação”, concluiu o comandante do 1º Grupo de Defesa Aérea.
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