Frágeis escoras de madeira sustentavam o muro de contenção que desabou na obra do viaduto do Recanto do Sol
Vídeo que a coluna Rápidas teve acesso foi gravado um dia antes do acidente que denuncia omissão por parte da Prefeitura de Anápolis e negligência por parte da empresa executora

O desabamento do muro de contenção na obra do viaduto do Recanto do Sol, ocorrido na tarde desta terça-feira (23), expõe de forma dramática as falhas estruturais e de fiscalização que marcam esta obra de R$ 40 milhões. O vídeo exclusivo obtido pela coluna Rápidas, gravado apenas um dia antes do acidente, revela que a única sustentação do muro de contenção eram frágeis escoras de madeira – estruturas temporárias que jamais deveriam ser a única proteção contra o colapso de uma obra dessa magnitude.
As imagens mostram claramente essas peças de madeira posicionadas de forma precária entre o solo e o muro, evidenciando a negligência técnica na execução da obra e a ausência de sistemas de contenção adequados para suportar as pressões hidrostáticas causadas pelo acúmulo de água pluvial.
A explicação técnica para o desabamento reside na combinação fatal entre drenagem inadequada e contenção insuficiente. Durante o período chuvoso, grandes volumes de água se acumularam atrás do muro de contenção sem que houvesse um sistema eficiente de drenagem para escoamento. Essa água exerceu uma pressão hidrostática crescente sobre a estrutura, que estava sendo sustentada apenas pelas escoras de madeira visíveis no vídeo.
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Quando a pressão da água superou a capacidade de resistência dessas estruturas temporárias, o colapso tornou-se inevitável.
Profissionais experientes consultados pela Rápidas foram categóricos: “A contenção deveria ter sido feita até a parte de baixo da estrutura, pelo menos”, e ressaltaram que sistemas de drenagem adequados são fundamentais em obras de contenção, especialmente durante períodos chuvosos.
A responsabilidade pelo acidente recai tanto sobre a empresa executora quanto sobre a fiscalização municipal. A empresa demonstrou negligência ao manter um sistema de contenção inadequado e ao não implementar medidas preventivas durante o período chuvoso.
Por outro lado, a Prefeitura de Anápolis falhou gravemente em sua obrigação de fiscalização diária, que deveria ser padrão em obras dessa complexidade e valor. Conforme enfatizado por engenheiros consultados, “a fiscalização deveria ser diária” e “o ideal seriam três engenheiros acompanhando tudo diariamente, ainda mais sendo obra pública”.
Curiosamente, em uma obra que já custou R$ 40 milhões aos cofres públicos e acumula quase dois anos de atraso, ainda conseguimos nos surpreender com a criatividade das “soluções” técnicas adotadas – quem diria que escoras de madeira poderiam ser consideradas contenção adequada para um viaduto?
Agora, enquanto os responsáveis certamente buscarão justificativas criativas para explicar o inexplicável, cabe questionar se os órgãos de controle como o Ministério Público de Contas (MPC) e o Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCMGO) irão finalmente exercer seu papel fiscalizador com o rigor que a situação exige.
Afinal, será uma pena se os contribuintes de Anápolis tiverem que arcar novamente com os custos de mais este “imprevisto” em uma obra que, aparentemente, reserva tantas surpresas quanto um reality show – só que com o dinheiro público no papel de protagonista e a competência técnica como grande ausente do elenco.
Alagamentos na Marginal Botafogo continuará sendo um problema se Mabel não agir
Após mais um transbordamento do Córrego Botafogo na terça-feira (23), que levou ao fechamento da Marginal Botafogo, o prefeito Sandro Mabel (UP) precisa colocar como prioridade do mandato a resolução desse problema recorrente que evidencia a necessidade urgente de soluções estruturais como bacias de retenção, modernização do sistema de drenagem, estudos de permeabilidade do solo e políticas de uso do solo que privilegiem áreas verdes.
O histórico de alagamentos não é novidade para os goianienses, que a cada período chuvoso assistem ao mesmo roteiro de transtornos, e a solução exige uma mudança de paradigma na gestão urbana com plano integrado de drenagem que contemple desde a revitalização das nascentes até a criação de corredores verdes, implementação de tecnologias inteligentes de monitoramento meteorológico e sistemas de alerta precoce.
Sem uma abordagem sistêmica e investimentos consistentes, a Marginal Botafogo continuará sendo refém das chuvas, e os goianienses seguirão pagando o preço da inércia administrativa com prejuízos materiais, perda de tempo e riscos desnecessários à sua segurança.
Bandidos estão aplicando golpes em clientes da Equatorial em Goiás
A Equatorial Goiás voltou a alertar clientes alertando sobre golpes envolvendo cobranças falsas de contas de energia, em que criminosos utilizam e-mails, mensagens em redes sociais e anúncios patrocinados para induzir clientes ao erro, oferecendo descontos inexistentes ou direcionando pagamentos para contas fraudulentas.
A sofisticação dos golpes digitais tem evoluído rapidamente, com bandidos aproveitando-se da confiança dos consumidores em empresas consolidadas para aplicar fraudes elaboradas através de técnicas de engenharia social, sites falsos idênticos aos oficiais e ligações simulando funcionários da empresa para obter dados pessoais e bancários das vítimas.
Segundo a companhia, os clientes devem sempre verificar a procedência das faturas e utilizar exclusivamente os canais oficiais da Equatorial para pagamentos.
Zacharias Calil será o único parlamentar goiano em evento de líderes na Austrália
O deputado federal Dr. Zacharias Calil (União Brasil) embarca para a Austrália na próxima quinta-feira (25). O goiano vai participar do 15º Encontro Internacional para Ministros e Membros de Parlamentos (MMO), que acontece no próximo domingo (28), em Sydney, capital de Nova Gales do Sul (NSW).
Calil é o único parlamentar goiano confirmado no Congresso. Além dele, participam os senadores Flávio Arns (PSB-PR), Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e os deputados Ricardo Barros (PP-PR), André Figueiredo (PDT-CE), Jefferson Campos (PL-SP).
Eles foram convidados para participar ao lado de ministros e deputados de todo o mundo e representarão o parlamento brasileiro no debate sobre as iniciativas espaciais, suas tecnologias e soluções relevantes para regiões e cidades.
Aparecida de Goiânia terá exposições de orquídeas e rosas do deserto
Aparecida de Goiânia recebe, entre os dias 26 e 28 de setembro, a 22ª Exposição de Orquídeas e Rosas do Deserto na Aciag, situada na Rua Gervásio Pinheiro, Residencial Village Garavelo, com entrada totalmente gratuita e distribuição de mudas de orquídea para os 200 primeiros visitantes que levarem 2kg de alimentos.
O evento tradicional, que celebra a chegada da primavera com apoio da Prefeitura de Aparecida, oferece comercialização de plantas, vasos, substratos e adubos, além de workshops e palestras técnicas ministradas por especialistas, consolidando Aparecida como importante centro de referência no cultivo de plantas ornamentais na região metropolitana de Goiânia.
Os organizadores esperam atrair cerca de 5 mil pessoas durante os três dias, movimentando não apenas o setor de floricultura local, mas também impulsionando o turismo de proximidade e fortalecendo a economia criativa do município, especialmente em um momento em que a busca por hobbies sustentáveis e o contato com a natureza se tornaram ainda mais relevantes na vida urbana.
Nota 10
Para o Procon Anápolis, por promover o “Zera Dívida“. A iniciativa é uma prova de que um órgão de defesa do consumidor pode desempenhar um papel fundamental como mediador qualificado entre credores e devedores.
Nota Zero
Para a Prefeitura de Anapolis pela fiscalização absolutamente negligente da obra do viaduto do Recanto do Sol. O desabamento do muro de contenção na terça-feira (23) é a prova cabal dessa incompetência administrativa que beira o criminoso.
Em uma obra de R$ 40 milhões que já acumula quase dois anos de atraso, é inaceitável que a fiscalização municipal não tenha identificado que a única sustentação do muro eram frágeis escoras de madeira, uma situação de risco evidente que qualquer engenheiro atento detectaria em uma inspeção básica.