Estudantes de Anápolis passarão a receber até quatro refeições por dia
Medida deve ser aplicada a partir do primeiro dia de volta às aulas, com readequação dos cardápios e manutenção das cozinhas


Estudantes das escolas municipais de Anápolis passarão a receber até quatro refeições diárias a partir do próximo semestre, segundo anunciado pelo prefeito Márcio Corrêa (PL) nesta quarta-feira (23).
O programa Merenda Nota 10 prevê que os alimentos cheguem a todas as unidades de ensino no primeiro dia de volta às aulas, atendendo ao Plano Nacional de Educação Alimentar (PNAE).
A medida inclui readequação dos cardápios e manutenção das cozinhas: as escolas devem receber geladeiras novas, panelas, colheres, mesas, prateleiras e outros utensílios.
Além disso, deve haver acompanhamento semanal com nutricionistas. De acordo com o gestor municipal, 20 novos profissionais da área passarão a compor a equipe.
O programa busca contemplar as 37 mil crianças atendidas pela rede municipal de ensino. Dessas, apenas as que estudam em período integral receberão as quatro refeições – de modo que a quantidade deve ser menor para os alunos que ficam em meio período.
A expectativa é de que o Merenda 10 mude o cenário da alimentação escolar vivenciado há anos em Anápolis, como destacou o prefeito.
“Estamos virando a página da peta seca. A partir de agora, nossas crianças terão comida de verdade, feita com dignidade e responsabilidade. Merenda escolar tem que ser prioridade — e agora é”, afirmou Márcio.
“Só peta e água”
A carência de refeições adequadas nas escolas municipais de Anápolis já acontece há anos, com denúncias sendo registradas ao longo do tempo.
Em fevereiro de 2025, responsáveis pelas crianças da Escola Municipal Inácio Sardinha de Lisboa, no distrito de Interlândia, apontaram que os estudantes estavam recebendo lanches insuficientes.
Na situação, havia falta de carne, bolacha e até mesmo leite. Peta e suco eram alguns dos alimentos ainda oferecidos.
Em outubro de 2024, o cenário foi o mesmo, desta vez no CMEI Professora Célia Maria Rocha Malta, no Residencial Leblon.
Mães contaram à época que, em alguns dias, só havia carne porque funcionários da unidade “ficavam com dó” e compravam. Faltavam itens básicos como arroz, leite e até sal.
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