Protocolo de morte cerebral é iniciado em bebê de 3 meses internada por agressão em Anápolis; pai foi preso

Delegada Aline Lopes detalhou ao Portal 6 como estão as investigações, e o que muda se óbito for confirmado

Natália Sezil Natália Sezil -
Ilustração de uma bebê. (Foto: Mikhail Maslov/Pexels)
Ilustração de uma bebê. (Foto: Mikhail Maslov/Pexels)

A bebê, de três meses, que foi internada em estado grave após supostas agressões do próprio pai, passará pelo protocolo de morte encefálica no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia.

A informação foi confirmada pela delegada Aline Lopes, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Anápolis, nesta terça-feira (12).

O procedimento é realizado para confirmar se o paciente teve perda irreversível de todas as funções cerebrais, antes de desligar os aparelhos que o mantém vivo.

A pequena precisou ser entubada no último domingo (12), quando a mãe dela, de 27 anos, acionou a Polícia Militar (PM) por conta de um suposto engasgo.

Na ocasião, o que a responsável contou aos militares foi que a criança havia se engasgado enquanto tomava leite de uma mamadeira, o que a teria deixado sem respirar por cinco minutos.

O Corpo de Bombeiros auxiliou no salvamento, realizando manobras de resgate, e encaminhou a bebê à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Pediátrica.

Ela deu entrada já em estado grave de saúde, com lesões que não seriam compatíveis com a versão apresentada pelos pais. Isso levantou a suspeita de que o caso seria outro, o que acabou levando à prisão do pai da bebê, nesta segunda-feira (11).

Devido à gravidade das lesões, a vítima precisou ser transferida ao Hugol na noite desta segunda, enquanto as investigações continuavam.

A titular da DPCA detalhou ao Portal 6 que o pai da criança, de 31 anos, mantém a versão apresentada inicialmente – de que os ferimentos foram causados por tentativas de massagem cardíaca.

Apesar disso, “há indícios de que as crianças estavam sendo negligenciadas, submetidas a maus tratos e abandono. Isso está sendo verificado na investigação”, apontou a delegada.

Além da bebê de três meses, o casal possui outros três filhos, que estão sob a responsabilidade de uma avó. Quanto à mãe, ainda não é possível afirmar se ela possuía envolvimento nos crimes investigados.

Lopes também explicou: “se, de fato, o óbito da pequena se confirmar, o caso passa a ser de homicídio qualificado (cometido contra menor de 14 anos, nos termos da Lei Henry Borel)“.

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Natália Sezil

Natália Sezil

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Goiás, é estagiária do Portal 6 e atua na cobertura do cotidiano. Apaixonada por boas histórias, gosta de ouvir as pessoas, entender contextos e transformar relatos em narrativas que informam e conectam o público.

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