Manoel Vanderic comenta operação da Dict que prendeu 11 motoristas embriagados durante a Expoana
Fiscalização feita junto à PRF flagrou condutores com o quádruplo do teor de embriaguez no sangue, sem conseguir sequer ficar em pé


Onze motoristas foram presos em flagrante por dirigirem embriagados nas imediações do Expoana 2025, em Anápolis. A fiscalização realizada pela Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito (Dict) aconteceu durante o final de semana.
A operação segue até o final do evento, neste domingo (03), com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Delegado titular da Dict, Manoel Vanderic detalhou ao Portal 6 que o tamanho do evento, bem como a localização em que está sendo realizado, exigem cuidados muito maiores à fiscalização.
Já que a operação ocorre em uma rodovia, onde há alto volume de carros, qualquer autuação pode gerar mais tráfego e, consequente, mais riscos. Por isso, as abordagens acontecem de forma muito pontual.
“Onze prisões podem parecer muito, mas são uma amostragem“, explicou Vanderic. “O que a gente percebeu é que o número de pessoas dirigindo embriagadas – indo embora, principalmente – foi muito grande”.
Além da quantidade, outro aspecto que chama atenção é o teor de álcool no sangue. Segundo o delegado, diversos condutores foram flagrados com o dobro, triplo ou até quádruplo do nível que já demonstra embriaguez.
“Pessoas que não conseguiam ficar em pé acessando a rodovia. E com o volume de pedestres atravessando a pista constantemente, o potencial de risco é muito grande”, detalhou.
O delegado deixa claro que o perigo no trânsito costuma ser subestimado pelos motoristas, e faz um importante alerta sobre o contexto.
“As pessoas não percebem que o trânsito é o nosso cenário de maior risco, porque não choca. Por mais que [o acidente] seja provocado por um motorista embriagado, a maioria tem uma concepção de relativizar esse resultado, tirando a gravidade do contexto”, afirmou.
Vanderic destaca que os acidentes de trânsito não têm vítima definida, mas podem atingir qualquer pessoa – não é necessário ter vinculação com o autor do crime, e não há possibilidade de defesa.
“São pessoas que tomam café com a família e voltam no caixão”. “O trânsito é um termômetro da sociedade, e a gente consegue ver o quão doente a gente está”.
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