Homem que se feriu durante desabamento de rampa no Festival Rap Mix receberá indenização quase dois 2 depois

Queda de estrutura no Estádio Serra Dourada, em julho de 2023, deixou pelo menos 75 pessoas feridas

Natália Sezil Natália Sezil -
Homem que se feriu durante desabamento de rampa no Festival Rap Mix receberá indenização quase dois 2 depois
Imagem mostra rampa que desabou durante Festival Rap Mix, em Goiânia. (Foto: Divulgação / PCGO)

Uma das pessoas que estava na rampa que desabou no Festival Rap Mix, que aconteceu no Estádio Serra Dourada, em Goiânia, em julho de 2023, receberá indenização por danos materiais e danos morais.

A decisão acontece quase dois anos depois do acidente, condenando as empresas GR6 Eventos, Berkley Seguros e Winner Records.

A sentença, vinda do Juizado Especial Cível da Comarca de Senador Canedo, reconheceu a responsabilidade objetiva das empresas envolvidas na realização do evento, segundo informações do site especializado Rota Jurídica.

O autor da ação detalhou que ele e a esposa estavam sobre a estrutura metálica quando ele foi arremessado ao solo e atingido por outras pessoas que também haviam caído.

O homem sofreu lesões e precisou de atendimento de emergência do Corpo de Bombeiros. Ele relatou, na ação, que uma noite que deveria ser de entretenimento se transformou em um cenário de angústia e perigo.

A sentença levou como base a perícia técnica realizada pela Polícia Técnico-Científica, que constatou que a montagem da estrutura foi feita de forma precária e não cumpriu os parâmetros corretos, incluindo amarrações feitas de arame.

A indenização deve ser de R$ 140 por danos materiais (o equivalente ao valor do ingresso), além de mais R$ 10 mil por danos morais.

Relembre

O Festival Rap Mix acontecia no Estádio Serra Dourada, no dia 09 de julho de 2023, quando uma rampa desabou. A estrutura que dava acesso ao front stage acabou cedendo por volta das 23h.

A altura da queda foi de aproximadamente três metros, segundo o Corpo de Bombeiros, que precisou de apoio da Polícia Militar (PM) e de unidades do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para prestar os socorros.

Diversas vítimas foram retiradas do local em macas, algumas com lesões leves e outras com sequelas mais graves.

Uma delas bateu a cabeça durante a queda e sofreu tetraplegia espástica – ficando sem falar e perdendo quase todos os movimentos, após quase dois meses internada.

A hipótese inicial era de que o desabamento havia sido causado pela superlotação, o que foi descartado, posteriormente.

A perícia realizada indicava que a construção havia sido feita de maneira precária.

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